Nesta quinta-feira (18), a Polícia Federal (PF) deve ouvir o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid.

O depoimento está marcado para às 14h30 e faz parte da investigação, que apura fraude nos cartões de vacina de integrantes das famílias dele e do ex-presidente.

Mauro Cid está preso preventivamente desde o dia 3 de maio no Batalhão de Polícia do Exército de Brasília.

No depoimento à PF, o ex-ajudante de ordens tem o direito de ficar calado. 

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Aos investigadores, Cid terá que explicar, por exemplo, porque um computador usado por ele acessou os dados de vacinação do ex-presidente nos dias 22 e 27 de dezembro.

O acesso ocorreu dias seguintes à inclusão de dados falsos.

Além disso, o ex-ajudante de ordens também terá que esclarecer suposta adulteração no cartão de vacinas de seus familiares.

A esposa dele, Gabriela Santiago Cid, também foi intimada a prestar depoimento, marcado para sexta-feira (19).

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Depoimento de Bolsonaro

Na última quarta-feira (17), Jair Bolsonaro prestou depoimento à PF sobre a suspeita dos casos de fraudes em seu cartão de vacina e de seus familiares.

Em depoimento, o ex-presidente negou qualquer tipo de envolvimento nas fraudes no cartão de vacina dele e da filha, Laura, reveladas na operação deflagrada pela PF no último dia 3 de maio.

Além disso, Bolsonaro voltou a afirmar que nunca se vacinou e que a filha também não foi imunizada, por orientação médica. 

Ele declarou que, como chefe de estado, não precisava do certificado para entrar nos Estados Unidos.

Ele alegou que a filha apresentou apenas um laudo médico que contraindicava a imunização. 

Em relação a inserção de vacinas falsas no cartão de vacina, o ex-presidente negou ter pedido a manipulação dos dados e declarou que não sabia das fraudes até a investigação vir à tona.

Sendo assim, o ex-presidente exime sua responsabilidade pela gestão do acesso ao aplicativo Conecte SUS, no qual é possível emitir e certificar as vacinas contra a covid. 

Apesar disso, aos delegados, Bolsonaro também disse não acreditar que Cid tenha “arquitetado a inserção de dados falsos” no sistema de vacinação do Ministério da Saúde, embora também tenha dito que não faz ideia de quem possa ter cometido fraude.