O tenente-coronel Mauro Cid ficou em silêncio durante depoimento à Polícia Federal nesta quinta-feira (18), sobre fraude nos cartões de vacina de Bolsonaro, da filha dele e de outras pessoas próximas ao ex-presidente.
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Durante depoimento o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro alegou que não teve acesso ao conteúdo integral da investigação e, por isso, a PF não insistiu em fazer perguntas.
Mauro Cid está preso preventivamente desde o dia 3 de maio no Batalhão de Polícia do Exército de Brasília.
Mauro Cid e investigação
Ele é investigado por participar de um suposto esquema de adulteração de dados nos sistemas do Ministério da Saúde e também é investigado por lavagem de dinheiro.
Os policiais encontraram US$ 35 mil e R$ 16 mil em espécie em um cofre na casa do militar.
O tenente-coronel foi o pivô da investigação sobre as fraudes nos certificados de vacina, que atinge também o ex-presidente.
A apuração iniciou com a quebra do sigilo de mensagem de Mauro Cid. A PF encontrou conversas sobre as fraudes nos dados de vacinação.
O ex-ajudante de ordens da Presidência também foi implicado pela PF na investigação sobre o vazamento de informações relacionadas a um ataque hacker aos sistemas da Justiça Eleitoral
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Depoimento de Bolsonaro
Na última quarta-feira (17), Jair Bolsonaro prestou depoimento à PF sobre a suspeita dos casos de fraudes em seu cartão de vacina e de seus familiares.
Em depoimento, o ex-presidente negou qualquer tipo de envolvimento nas fraudes no cartão de vacina dele e da filha, Laura, reveladas na operação deflagrada pela PF no último dia 3 de maio.
Além disso, Bolsonaro voltou a afirmar que nunca se vacinou e que a filha também não foi imunizada, por orientação médica.
Ele declarou que, como Chefe de Estado, não precisava do certificado para entrar nos Estados Unidos.
Ele alegou que a filha apresentou apenas um laudo médico que contraindicava a imunização.
Em relação à inserção de vacinas falsas no cartão de vacina, o ex-presidente negou ter pedido a manipulação dos dados e declarou que não sabia das fraudes até a investigação vir à tona.