O presidente Lula (PT) disse nesta segunda-feira (29) que quer retomar a relação energética com a Venezuela.
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Durante o discurso ao lado do presidente venezuelano, Nicolás Maduro (PSUV), o petista afirmou que é inadmissível o estado de Roraima, pagar por uma energia suja e cara.
“[…]não se justifica Roraima ser o único estado fora da energia, da matriz energética brasileira funcionando na base da termoelétrica e a gente tem condições, o nosso ministro da energia vai conversar com o ministro da energia da Venezuela”, garantiu Lula.
No início do mês de maio, o ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), informou que o governo federal estuda a possibilidade de retomar a compra de energia da usina de Guri, na Venezuela para abastecer Roraima.
Segundo Silveira, a volta desta parceria deve beneficiar os consumidores com energia limpa e barata.
“É uma insanidade deixarmos de usar energia limpa para queimarmos energia fóssil e mais cara”, disse o ministro.
Atualmente, conforme o governo federal, Roraima é abastecido por usinas térmicas movidas a óleo combustível e gás natural.
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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que o país está preparado para receber os empresários que queiram negociar a energia.
“A Venezuela está preparada para reconstruir, essa cooperação elétrica com o estado de Roraima, com Boa vista e com toda a população”, informou Maduro.
O venezuelano ainda disse que já tem uma oferta de 120 megavolts pronta, que a partir de um investimento básico de 4 ou 5 milhões de dólares se possa reconstruir as linhas de transmissão.
Venezuela e moeda única
Durante a coletiva de imprensa Lula ainda falou sobre a vontade de ter uma moeda única.
“Eu sonho em que a gente tenha uma moeda, entre os nossos países para que a gente possa fazer negócio sem precisar ficar dependendo do dólar, até porque o dólar só um país tem a máquina de rolar dólar e esse país faz o que quiser” destacou Lula.
O chefe do Executivo brasileiro disse que os países precisam de mais liberdade para negociar, e que sonha com uma moeda do Banco dos Brics.
Cúpula
Nesta terça-feira (30), os chefes de Estado de 12 países da América do Sul vão se reunir em Brasília, no Palácio do Itamaraty.
Confirmaram presença Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Uruguai, Venezuela e Suriname.
*Sob supervisão de Francisco Santos