O presidente Lula (PT) participa nesta terça-feira (30) da cúpula de presidentes da América do Sul, no Palácio do Itamaraty, Brasília.

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Em seu discurso de abertura, Lula disse que, nos últimos anos, o governo permitiu que diferenças ideológicas afastassem o Brasil dos fóruns regionais de integração.

“Na região, deixamos que as ideologias nos dividissem união do continente e interrompessem o esforço de integração. Abandonamos canais de diálogos e mecanismos de cooperação e, com isso, todos perdemos”, disse Lula.

América do Sul e integração

O presidente reiterou a necessidade de cooperação entre os países do continente.

“Tenho firme convicção de que precisamos reavivar nosso compromisso com a integração sul-americana. Quando assumi a presidência, em 1º de janeiro deste ano, a América do Sul voltou ao centro da atuação diplomática brasileira”, seguiu.

O petista defendeu a vontade do país de retomar instrumentos de integração regional, como a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).

“América do Sul tem mais uma vez diante de si a oportunidade de trilhar o caminho da união e não é preciso recomeçar do zero. A Unasul é um patrimônio coletivo e lembremos que ela está em vigor sete países ainda são membros plenos. É importante retomar seu processo de construção, mas ao fazê-lo é preciso avaliar o que criticamente não funcionou e levar em conta essas lições”, ressaltou.

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Lula destacou ainda em seu discurso, que os elementos que nos unem estão acima de divergências de ordem ideológica.

“Da Patagônia e do Atacama à Amazônia, do Cerrado e dos Andes ao Caribe, somos um vasto continente banhado por dois oceanos. Somos uma entidade humana, histórica e cultural, econômica e comercial, com necessidades e esperanças comuns”, continuou.

Após a fala do presidente Lula (PT), os demais presidentes irão fazer intervenções ao longo do dia, o primeiro a falar depois do presidente brasileiro foi o presidente da Argentina, Alberto Fernandez.

No final do dia, Lula deve fazer mais um pronunciamento de encerramento e, na sequência, os presidentes seguem para o Palácio da Alvorada onde será servido um jantar.