As contas do governo de Jair Bolsonaro (PL) relacionadas ao exercício de 2022, foram aprovadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) nesta quarta-feira (07).

Por unanimidade os ministros seguiram o voto do relator, ministro Jorge Oliveira, que em sua fala afirmou que propôs a aprovação com ressalvas visto as distorções encontradas nas contas. Ao todo elas somam R$ 1,28 trilhão.

+ Envie esta notícia no seu WhatsApp

+ Envie esta notícia no seu Telegram

Após o encerramento do julgamento, o presidente do TCU, ministro Bruno Dantas, elogiou o relatório do relator.

 “O senhor apresenta rigor técnico, demonstrando apreço pela administração pública”, disse o presidente ao ministro Jorge Oliveira.

Além disso, Dantas destacou que existiu durante o exercício de 2022 auxílios empenhados no país como:

  • Auxílio gás – R$ 1 bilhão;
  • Auxílio caminhoneiro – R$ 5,1 bilhões; e
  • Auxílio taxista – R$ 2 bilhões.

O presidente do TCU ainda reforçou “2023 será um ano de ajustes da nossa economia pública.”

Ano passado, as transações também foram aprovadas com ressalvas, o que indica a existência de problemas que precisam ser corrigidos.

RELACIONADAS

+ TSE marca julgamento de ação que pode tornar Bolsonaro inelegível

+ Máscara: TJ-SP manda notificar Bolsonaro sobre multa de R$ 376 mil

+ Ministros julgarão inelegibilidade de Bolsonaro no TSE; saiba quais

Distorções encontradas nas contas de Bolsonaro

Na apresentação que fez aos ministros do tribunal, Jorge Oliveira listou as principais distorções identificadas nas contas do então governo Bolsonaro em 2022.

  • 556,9 bilhões de reais: “reconhecimento indevido de ativos e respectivos ajustes para perdas”;
  • 383,8 bilhões: “reconhecimento indevido de receitas com impostos, ganhos com a reavaliação de ativos e reversão de provisões e de ajustes para perdas”;
  • 151,4 bilhões: “reconhecimento indevido de despesas com ajustes para perdas, benefícios, provisões e com o não reconhecimento de provisões, desincorporação de ativos e outras variações patrimoniais diminutivas”;
  • 104,6 bilhões: “obrigações com a Previdência Social e com os estados não reconhecidas”;
  • 88,6 bilhões: “ajustes e reservas não conhecidos no patrimônio líquido da União”.