A Câmara dos Deputados realizou nesta segunda-feira (19) uma sessão solene em homenagem ao jornalista inglês Dom Phillips e ao indigenista Bruno Pereira.
Eles foram mortos em junho do ano passado em uma emboscada, no Vale do Javari, em Atalaia do Norte, a 1.138 km de Manaus.
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Bruno e Dom desapareceram quando faziam uma expedição para uma investigação na Amazônia.
Eles foram vistos pela última vez no dia 5 de junho, quando passavam em uma embarcação pela comunidade de São Rafael.
De lá, seguiam para a cidade de Atalaia do Norte. A viagem de 72 quilômetros deveria durar apenas duas horas, mas eles nunca chegaram ao destino.
A deputada Juliana Cardoso (PT-SP), fez o pedido para a sessão ser realizada.
Homenagem
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, não participou da cerimônia, mas foi representada pelo presidente do ICMBio, Mauro Pires.
A diretora de Promoção ao Desenvolvimento Sustentável da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Lucia Andrade, falou durante a sessão sobre a situação daqueles que defendem os povos indígenas no Brasil.
“É muito triste chegarmos aqui para fazer uma fala e lembrar que hoje defender os povos indígenas, defender a Amazônia, defender os nossos biomas é sinal de que você está marcado para morrer. Então foi isso que aconteceu com o Bruno, com o Dom e com vários outros ativistas ambientais e indigenistas que atuam em todo Brasil”, afirmou a diretora de Promoção ao Desenvolvimento Sustentável da Funai.
Lúcia também pediu desculpas pela atuação da gestão anterior da Funai e se solidarizou com as famílias de Bruno e Dom.
“A Funai mais uma vez se solidariza com a família do Bruno e Dom e pede desculpas pelo que aconteceu na gestão passada”, completou.
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Dom e Bruno
O jornalista inglês Dom Phillips e o indigenista Bruno Pereira desapareceram no dia 5 de junho de 2022.
Eles estavam próximo à comunidade de São Rafael, no Vale do Javari, no Amazonas.
A região é conhecida por invasões de terras feitas por madeireiros e garimpeiros.
Investigações apontam que Dom e Bruno foram assassinados a tiros por pescadores ilegais, a mando de financiadores do crime organizado.
A viagem de 72 quilômetros deveria durar apenas duas horas, mas eles nunca chegaram ao destino.
Os restos mortais deles foram achados em 15 de junho.
As vítimas teriam sido mortas a tiros e os corpos, esquartejados, queimados e enterrados.
Segundo laudo de peritos da PF, Bruno foi atingido por três disparos, dois no tórax e um na cabeça. Já Dom foi baleado uma vez, no tórax.