O governo abriu os cofres públicos mais uma vez e liberou mais recursos nas últimas duas semanas.

Ao todo, R$ 2,4 bilhões foram pagos em emendas parlamentares para partidos políticos no mês de junho.

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A liberação do dinheiro público ocorre às vésperas da votação da indicação do advogado Cristiano Zanin para o Supremo Tribunal Federal (STF) e a análise do projeto do novo arcabouço fiscal.

As duas pautas são importantes para o Executivo e estão programadas para ocorrer nesta semana.

O governo já havia liberado valores expressivos desde que passou a enfrentar dificuldades em votações no Congresso, mas ainda não havia feito pagamentos tão altos.

Até maio, o total pago pelo governo não passava de R$ 27 milhões, até que em meio, durante uma semana conturbada nas relações com o Congresso, o governo do presidente Lula (PT), pagou R$ 1,7 bilhão em emendas para os partidos em um único dia.

Derrotas do governo

Mesmo assim, a Câmara impôs derrotas ao governo quando aprovou o marco temporal das terras indígenas, em 30 de maio.

Além disso, os parlamentares ameaçavam não votar a MP dos Ministérios, que organizou as 37 pastas propostas por Lila.

O valor liberado agora é referente às emendas individuais e pelo menos 50% dos recursos devem ser destinados para ações e serviços públicos de saúde.

O nome do autor da emenda fica registrado e o dinheiro é distribuído igualmente entre todos os parlamentares, mas quem dita o ritmo desses pagamentos é o Palácio do Planalto.

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Pagamentos para partidos

O líder do MDB na Câmara, Isnaldo Bulhões (AL), afirmou que o governo está pagando e se organizando melhor nas últimas semanas.

“São gestos que vão concretizando a consolidação de uma base. O clima voltou a ser de construção”, afirmou o deputado.

O PSD, tem três ministros à frente das pastas de Agricultura, Pesca e Minas e Energia. O partido foi o mais beneficiado e recebeu R$ 431 milhões.

A senadora Mara Gabrilli (PSD-SP) foi a que mais recebeu, ao todo, R$ 35 milhões.

Em nota, a parlamentar afirmou que destinou os recursos para as áreas de saúde e assistência social de 163 municípios, além de 50 santas casas.

“Não se trata de receber mais ou menos valores, mas sim de competência e parcimônia com o dinheiro empenhado”, afirmou Mara. 

Já o MDB fica em terceiro lugar com R$ 311 milhões de emendas recebidas. O senador Confúcio Moura (MDB-RO) foi um dos contemplados, com R$ 9,1 milhões.

A equipe do parlamentar, afirmou em nota que parte do dinheiro foi destinado para o custeio do serviço do Samu na cidade de Ariquemes (RO).

“O papel das emendas parlamentares é superar os gargalos, aqueles problemas que o orçamento municipal não alcança e que passam anos penalizando as pessoas”, diz trecho da nota.