O Ministério da Saúde se tornou objeto de desejo do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e de parlamentares do centrão.
O ministério está no meio da negociação de cargos e emendas por votos favoráveis a propostas do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
+ Envie esta notícia no seu WhatsApp
+ Envie esta notícia no seu Telegram
Por que Centrão quer a pasta da Saúde?
O ministério da Saúde, de Nísia Trindade, é uma indicação técnica e se tornou alvo de desejo do centrão.
Segundo a reportagem do UOL, três razões definem a cobiça dos parlamentares pelo órgão:
- A saúde é um dos ministérios com maior orçamento disponível para o investimento nas cidades;
- Os aportes em saúde tem “capilaridade”, ou seja, podem ser direcionados para diferentes estados e municípios;
- Como saúde é uma pauta cara para a população, investimentos em hospitais, remédios e programas de saúde são considerados excelentes materiais para propaganda durante os períodos eleitorais.
Dentro do orçamento deste ano, a pasta é a terceira com mais dinheiro para ser empenhado em despesas: R$ 181,6 bilhões.
Fica atrás apenas do Ministério do Trabalho e Emprego (R$ 956,4 bilhões) e do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (R$ 276,4 bilhões).
Outro ponto de interesse dos parlamentares são as emendas.
Boa parte da verba permanece no ministério e é liberada apenas após a análise do pedido de cada deputado.
RELACIONADAS
+ Anúncio de Lula para baratear carros populares incomoda Arthur Lira
+ Lira é acusado de corrupção passiva e recurso vai ser julgado no STF
+ Empresa de filho de Arthur Lira negocia com bancos e ministérios
Após esse processo as emendas são enviadas aos municípios pelo órgão.
Os cargos relevantes da pasta também estão na mira do centrão.
Ocupando secretarias, eles conseguem aumentar a influência sobre a liberação das emendas.