O ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Gonçalves Dias, e o ex-diretor-adjunto da Agência Brasília de Inteligência (Abin) Saulo Moreira, deverão depor na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura os atos antidemocráticos em Brasília.
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Os membros da chamada ‘CPMI do 8 de janeiro’ aprovaram, nesta terça-feira (20), a convocação dos ex-gestores.
Gonçalves Dias foi filmado dentro do Palácio do Planalto dando água para os invasores durante os ataques dos três poderes.
Após a exposição das imagens, o militar pediu demissão ao presidente Lula (PT).
Para Arthur Maia (União-BA), presidente da comissão a rejeição desses requerimentos foi “constrangedora” e “inaceitável”.
“Foi constrangedor ver a maioria do colegiado da CPMI do 8 de janeiro rejeitar requerimentos de convocação de personagens centrais nessa investigação, como é o caso do G. Dias, ex-GSI, do Saulo Moura da Cunha, ex-Abin, e do ministro da Justiça, Flávio Dino”, disse Maia.
Além de Gonçalves Dias e Saulo Moura, também foi aprovado pela comissão a convocação do coronel Jean Lawand Júnior.
Na última semana, foram divulgadas conversas entre o coronel e Mauro Cid, ajudante de ordens do ex-presidente Bolsonaro, sobre um suposto golpe.
Além disso, requerimentos que solicitam acesso aos inquéritos que estão tramitando no Supremo Tribunal Federal para apurar os crimes cometidos nos atos do dia 8.
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Gonçalves Dias e polêmica
Conforme imagens divulgadas em abril, o então ministro Gonçalves Dias e funcionários do GSI aparecem circulando entre os invasores no Palácio do Planalto, durante os ataques aos prédios dos Três Poderes.
Nas imagens é possível ainda ver que um dos funcionários do GSI conversa com extremistas e até os cumprimenta.
Em outro trecho, o vídeo mostra servidores do GSI entregando água aos participantes dos ataques.