O advogado do PDT, Walber Agra, afirmou nesta quinta-feira (22), durante o julgamento que pode tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível, que a reunião do então presidente, com embaixadores teve o objetivo de “desmoralizar as instituições” brasileiras de forma internacional.
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“Será que vamos entrar novamente em estágio de cegueira coletiva? Como não há fato? Houve uma reunião com claro desvio de finalidade para desmoralizar as instituições e de forma internacional, o que é grave. Utilizou-se bens públicos para finalidades eleitorais e várias vezes”, declarou o advogado.
O PDT é o autor da ação, por isso o advogado da sigla fez uma sustentação oral na sessão.
O advogado se refere sobre a reunião do então presidente com embaixadores, em 18 de julho de 2022, no Palácio da Alvorada, para atacar o sistema eletrônico de votação.
O encontro foi transmitido por redes e canais oficiais do governo.
O TSE analisa se o ex-presidente deve ser condenado por suposto abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.
Se for condenado, Bolsonaro pode ficar inelegível por 8 anos.
A defesa de Bolsonaro alegou ao TSE que a reunião com embaixadores não teve caráter eleitoral.
Os advogados também afirmaram que as falas sobre as urnas fizeram parte de um “debate de ideias” para aprimorar o sistema de votação do país.
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O que diz Bolsonaro
Nesta quarta-feira (21), véspera do julgamento, Bolsonaro concedeu uma entrevista no Senado.
O ex-presidente disse não ver motivos para perder os direitos políticos e defendeu o arquivamento da ação.