Após quatro meses no cargo, o presidente interino do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), Glauco Wamburg, foi exonerado da função.

A decisão publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (5).

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A decisão ocorre após denúncias de que o ex-presidente do INSS Glauco Wamburg teve gastos exorbitantes com passagens e diárias de viagens.

As viagens aconteciam geralmente para o Rio de Janeiro, onde a família reside.

Agora, quem assume o lugar dele é o atual diretor de Orçamento, Finanças e Logística da autarquia, Alessandro Stefanutto.

Wamburg foi nomeado à função pelo ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT), em fevereiro deste ano.

Apesar disso, aliados de Carlos Lupi, ministro da Previdência e que decidiu pela troca no INSS, argumentam que “divergências internas” motivaram a saída.

O órgão tem tido dificuldades para enfrentar as longas filas de perícia médica, sofre com falta de servidores e até corte de energia em alguns imóveis por falta de pagamento.

Presidente do INSS e “Farra das passagens”

De acordo com as denúncias, as justificativas para as pontes aéreas Brasília-Rio que constam no Portal da Transparência são agendas supostamente oficiais e de interesse da autarquia federal.

No entanto, muitos dos compromissos não foram, de fato, cumpridos por Wamburg.

Ao longo de dois meses, a coluna Na Mira, conferiu cada uma das agendas, após servidores denunciarem que o então presidente do INSS, supostamente, criava reuniões fictícias para justificar viagens até a capital fluminense.

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Os servidores afirmaram ainda que ele, aparentemente, dava aulas de direito previdenciário na Universidade Santa Úrsula, em Botafogo, bairro da zona sul carioca.

Uma equipe do portal esteve na instituição e registrou a grade horária do professor Wamburg.

Ele entra em sala nos quatro horários, entre 18h30 e 22h30, sempre às segundas.

A “farra das passagens” promovida por ele é um assunto que percorre os corredores do INSS e passou a ser comentado com frequência pelos servidores.

Ao todo, no período analisado, as passagens custaram ao governo cerca de R$ 65 mil. Desse valor, mais de R$ 15 mil foram pagos a Wamburg em diárias pelas viagens.