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‘Brasil não comporta um Desenrola por ano’, diz Simone Tebet ao criticar juros

Para Simone Tebet, país precisa de "espaço fiscal" para que investimentos possam ocorrer - Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Para Simone Tebet, país precisa de "espaço fiscal" para que investimentos possam ocorrer - Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, criticou nesta sexta-feira (14) a taxa de juros no Brasil e o novo programa Desenrola Brasil, que vai renegociar as dívidas dos brasileiros.

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Para a gestora ministerial, o país precisa de “espaço fiscal” para que os investimentos possam ocorrer.

“Não adianta fazer o ‘Desenrola’, aliviarmos a vida das pessoas e apresentar um programa eficiente sob todos os aspectos, com juros de 13,75%. O Brasil não comporta um Desenrola por ano. Nós precisamos de espaço fiscal para investir naquilo que verdadeiramente precisamos, como Saúde, Educação, obras de infraestrutura e tudo mais”, disse Tebet.

O “Desenrola Brasil” foi criado pelo governo Federal para renegociar as dívidas, e começa a funcionar na próxima segunda-feira (17).

O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad antecipou a data para o início do programa, em uma portaria nesta sexta-feira (14).

Agora, a renegociação vale apenas para a faixa 2 do programa, com limite de renda mensal de até R$ 20 mil.

Tebet e crítica alta de juros

Segundo Simone Tebet, programas como o “Desenrola” são realizados de tempos em tempos dentro de uma determinada realidade.

“Ficarmos todos os anos abarcando essas pessoas e essa famílias porque não estamos conseguindo baixar os juros, que é a verdadeira causa, dentro de outras coisas, do endividamento das famílias brasileiras. Aí não tem razão”, completou Tebet.

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Além disso, o governo federal informou que a partir de segunda, os bancos vão ter que “limpar o nome” de cerca de 1,5 milhão de correntistas que tem dívidas inferiores a R$ 100.

Conforme a União, o processo precisa ser concluído até o próximo dia 28. Mas isso, no entanto, não significa um perdão de dívidas.

Esse débito inferior a R$ 100 continua valendo, porém, os bancos se comprometem a não usar essa dívida para inserir os brasileiros no cadastro negativo.

Na prática, caso a pessoa não tiver outras dívidas inscritas fica com o “nome limpo”.

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