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Moraes diz à PF que foi chamado de ‘bandido’ e confirma agressão contra seu filho

Ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal -Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF -Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Ministro Alexandre de Moraes. - Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), prestou depoimento à Polícia Federal nessa segunda-feira (24).

Ele e quatro familiares contaram em depoimento que sofreram agressões de cunho político no Aeroporto Internacional de Roma, na Itália, no dia 14 de julho.

A família repetiu a versão de que Alex Zanatta Bignotto, Andréa e Roberto Mantovani Filho ofenderam o ministro e seus parentes.

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Moraes, a esposa, Viviane Barci de Moraes, as filhas e o filho foram ouvidos pela Polícia Federal, em São Paulo.

Depoimento de Moraes

No relato, Andréa abordou o ministro quando ele realizava o credenciamento para ingressar na sala VIP da TAP, no aeroporto.

Segundo a família de Moraes, os xingamentos iniciais foram feitos por Andréa, que chamou o ministro de “comunista”, “bandido” e “comprado”.

De acordo com partes do depoimento, após Moraes e esposa entrarem na sala VIP, a acusada começou a gravar o ministro e gritar que ele teria “fraudado as urnas e roubado as eleições”.

Os filhos que ainda estavam no credenciamento, falaram que caso a mulher não parasse de insultá-los, seria gravada e processada, então Andréa chamou o marido.

Segundo a família do ministro, Roberto avançou contra o filho de Moraes, chamando-o de “filho de bandido, comunista, ladrão”.

Logo em seguida, deu um tapa no rosto do jovem de 27 anos, que supostamente fez os óculos saírem do lugar.

Ainda conforme o relato, Roberto Mantovani foi contido por um estrangeiro.

O casal se afastou da família, mas retornou com outras agressões.

O ministro alertou que eles seriam processados no Brasil.

De acordo com a família de Moraes, as imagens do aeroporto podem comprovar a versão descrita por eles, segundo o Metrópoles.

Defesa

A defesa de Mantovani disse que o empresário agiu em “ato de defesa”:

“O Sr. Roberto disse que o afastou com o braço. Ele não tinha a lembrança se com um empurrão ou tapa. Isso, imediatamente após seguidos e graves insultos à sua mulher. Foi um ato de defesa de um idoso com 71 anos de idade”, declarou o advogado Ralph Tórtima.

Investigação

As oitivas foram realizadas pela PF e colhidas pelo delegado Hiroshi Sakaki, em Brasília por teleconferência. 

O superintendente em exercício da PF em São Paulo, delegado Rodrigo Sanfurgo, acompanhou o testemunho.

Os acusados prestaram depoimento e confirmaram uma confusão com o ministro, porém, eles negam as agressões.

Roberto Mantovani Filho, de 71 anos, nega ter agredido o filho do ministro.

O idoso disse que houve um “entrevero” com o filho de Moraes, que teria feito “ofensas bastante pesadas” à sua esposa no aeroporto.

“Ele nega ter havido um empurrão. Ele diz que, em razão de ofensas que eram proferidas à sua esposa, ele afastou essa pessoa (filho de Moraes), que ele sequer sabia quem era. Mas era uma pessoa que fazia ofensas bastantes pesadas, muito desrespeitosas, à sua mulher”, disse o advogado Ralph Tórtima.

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Imagens

As gravações das câmeras de segurança do aeroporto internacional de Roma, foram entregues a Polícia Federal na última quinta-feira (20).

Segundo relatos feitos pelos adidos à direção da PF no Brasil, as imagens mostram que o filho de Moraes, que também se chama Alexandre, levou um tapa no braço.

O tapa teria resvalado nos óculos do jovem.

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