O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a cobrar os países desenvolvidos a cumprir as promessas ambientais e ampliar o financiamento para ações climáticas em nações em desenvolvimento.

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Lula fez um breve pronunciamento à imprensa após reuniões no âmbito da Cúpula da Amazônia, que termina nesta quarta-feira (9), em Belém (PA).

“Nós vamos para a COP28 com o objetivo de dizer ao mundo rico que, se quiserem preservar o que existe de floresta, é preciso colocar dinheiro, não apenas para cuidar da copa das florestas, mas também do povo que vive lá em baixo”, afirmou.

O presidente também criticou a adoção de medidas de protecionismo “mal disfarçadas de preocupação ambiental”.

Segundo ele, a cúpula representa a resposta de que o planeta precisa e mostra a capacidade dos países da região de atuarem juntos.

“Reivindicamos maior representatividade em discussões que nos dizem respeito”, ressaltou.

Embora a Declaração de Belém tenha sido alvo de críticas de ambientalistas, Lula garantiu que a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) trabalha para evitar a degradação do bioma.

Para Lula, negar a crise climática hoje é “apenas insensatez”.

“Trabalharemos juntos no combate ao desmatamento e aos ilícitos, na criação de mecanismos financeiros em apoio às ações nacionais e regionais de desenvolvimento sustentável, na criação de um painel técnico científico e na criação de novas instâncias de coordenação”, disse.

Último dia da Cúpula

Neste segundo e último dia do evento, os países amazônicos receberam autoridades de outras regiões do globo, entre eles República Democrática do Congo, República do Congo e Indonésia.

O grupo assinou um comunicado conjunto em que consolida a cooperação internacional das nações com grande nível de biodiversidade.

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