Quilombolas de todos o país se reúnem nesta quinta-feira (16) em Brasília para participar da segunda edição do maior evento do movimento dos povos originários do país.
Para marcar presença na capital, o grupo fará uma marcha até o Congresso Nacional. O objetivo é lutar pela valorização da cultura e das tradições.
O grupo discutirá, durante o encontro, assuntos da atualidade, como as Eleições Municipais, COP 30, Racismo e Violência contra os Quilombos no Brasil.
O AQUILOMBAR é um ato de resistência organizado pela Coordenação Nacional de Articulação de Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ).
Segundo a CONAQ, o evento deve contar com cerca de 5 mil pessoas. Veja a programação.
Quem são os Quilombolas?
Durante o período colonial e imperial do Brasil, os quilombolas estabeleceram comunidades independentes, conhecidas como quilombos, ao fugirem das fazendas.
Eles são descendentes de africanos escravizados e formaram essas comunidades principalmente como uma forma de buscar liberdade e resistir à escravidão.
Eles desenvolveram seus próprios sistemas sociais, culturais e econômicos, mantendo suas tradições africanas, línguas, religiões e formas de organização comunitária.
Atualmente, o termo “quilombola” refere-se não apenas aos descendentes diretos dos habitantes originais dos quilombos, mas também às comunidades remanescentes de quilombos que ainda existem no Brasil.
Essas comunidades, frequentemente situadas em áreas rurais ou de difícil acesso, continuam a lutar por seus direitos territoriais, culturais e socioeconômicos.
Qiilombolas no Brasil
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tem cerca de 1,3 milhões de pessoas que se autodeclararam quilombolas no último censo em 2022.