O delegado de Polícia Civil Rivaldo Barbosa, suspeito de participar dos homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, vai prestar depoimento à Polícia Federal.
A oitiva será realizada nesta segunda-feira (3) na Penitenciária Federal de Brasília (DF), onde ele está detido.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes concedeu autorização para a oitiva de Barbosa na última segunda-feira (27).
Após receber a intimação para responder à denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), o delegado solicitou, “pelo amor de Deus” para prestar depoimento à PF.
Barbosa foi preso em 24 de março, juntamente com os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, e os três foram denunciados por participação nos assassinatos.
As investigações indicam que o ex-chefe da Polícia Civil deu orientações, a pedido dos irmãos Brazão, para a realização dos disparos contra Marielle e o motorista Anderson Gomes.
A defesa de Rivaldo Barbosa questionou a credibilidade dos depoimentos de delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa, réu confesso do assassinato.
Participação de Rivaldo no caso Marielle
Durante as investigações dos assassinatos, de março a dezembro de 2018, Rivaldo Barbosa atuou como chefe da Polícia Civil.
Na época, o Rio de Janeiro estava sob intervenção federal.
Foi Rivaldo quem autorizou Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e apontado como mandante do crime, segundo a delação de Ronnie Lessa, assassino confesso de Marielle, a acreditar que o crime ficaria impune.
Além disso, o irmão de Domingos, o deputado federal Chiquinho Brazão, também foi apontado como suspeito de ordenar a execução da parlamentar.