Nesta segunda-feira (17), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que Ronnie Lessa continue sendo monitorado em suas conversas com familiares e advogados.

Ronnie Lessa é assassino confesso da vereadora Marielle Franco e está preso desde 2019. Ele está preso na penitenciária federal de Campo Grande (MS).

“Determino à Secretaria da Administração Penitenciária do Estado de São Paulo que […] mantenha sob monitoramento de áudio e vídeo no parlatório e nas áreas comuns, para fins da preservação da ordem interna e da segurança pública o colaborador Ronnie Lessa, e autorizo o monitoramento de suas comunicações verbais e escritas, das celas e nos momentos de visitas de familiares e de atendimento advocatício”, disse Moraes na decisão.

Lessa e caso Marielle

Além de confessar ter matado Marielle, Lessa apontou os irmãos Brazão como os mandantes do assassinato. Segundo ele, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio, e Chiquinho Brazão, deputado federal (União-RJ), atuaram como mandantes do homicídio da vereadora.

Segundo depoimento de Lessa aos policiais, ele iria lucrar com um loteamento clandestino na zona oeste do Rio de Janeiro como forma de pagamento.

“Era muito dinheiro envolvido. Na época, ele falou em R$ 100 milhões que, realmente, as contas batem. R$ 100 milhões seria o lucro do loteamento. São 500 lotes de cada lado. Na época, daria mais de US$ 20 milhões”, disse em depoimento veiculado pelo Fantástico, TV Globo.

Relembre o assassinato de Marielle

Marielle Franco era vereadora do Rio de Janeiro pelo partido PSOL, defendia os direitos humanos, criticava a atuação violenta da Polícia Militar e a milícia no Rio de Janeiro.

Em 14 de março de 2018, Marielle e seu motorista, Anderson Gomes, foram assassinados a tiros no Rio de Janeiro.