O governo de Javier Milei planeja propor uma lei para classificar a emissão de moeda como crime contra a humanidade.  Segundo o mandatário argentino, a proposta prevê pena de prisão para o presidente do país, o ministro da Economia, a liderança do Banco Central e parlamentares que eventualmente aprovarem a emissão.

Milei anunciou pessoalmente o projeto, ao desembarcar em Madrid nesta sexta-feira (21). 

“Vamos enviar uma lei na qual emitir dinheiro seja um crime e que esse crime seja contra a humanidade. E se emitir dinheiro, vão ser presos o presidente da nação, o ministro da Economia, o presidente do Banco Central, toda a diretoria e deputados e senadores que aprovem essas medidas”, declarou.

O presidente argentino argumentou que a emissão de moeda é a única causa da inflação, já que o excesso de oferta resulta em perda do poder aquisitivo da moeda e aumento dos preços. Ele afirmou que a implementação da medida será após o Banco Central ser “totalmente saneado”.

Inflação

Em maio, pelo quinto mês consecutivo, a inflação caiu significativamente na Argentina, fechando o período com alta de 4,2%.  Abril registrou alta de 8,8%.  A taxa de maio é a menor desde fevereiro de 2022.

No entanto, essa desaceleração ocorre em meio a níveis elevados de preços e uma queda significativa no poder de compra da população. 

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