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Água contaminada: UFRJ desenvolve tecnologia para rápida detecção

copo de água

Nova tecnologia oferece uma solução rápida e eficaz para o monitoramento da qualidade da água - Foto: Laura Chouette/Pexels

Pesquisadores brasileiros desenvolveram tecnologia capaz de detectar contaminação por coliformes fecais na água em apenas 20 minutos. Além da rapidez, o dispositivo destaca-se pelo baixo custo e facilidade de fabricação.

A boa notícia vem da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).  A equipe liderada pelo professor Marcelo Werneck, do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia, desenvolveu um sensor de fibra óptica nano-biotecnológico.

Enquanto os métodos tradicionais podem levar até dois dias para fornecer resultados, essa nova tecnologia oferece uma solução rápida e eficaz para o monitoramento da qualidade da água.

Werneck explica que a fibra óptica do sensor funciona de forma semelhante às usadas nas telecomunicações, mas em vez de feixes de sílica, são usadas fibras ópticas plásticas, mais acessíveis e fáceis de manipular. 

De acordo com o professor, essas fibras transmitem feixes de luz dentro do dispositivo, e qualquer alteração em sua superfície afeta a intensidade da luz recebida na outra extremidade, permitindo a detecção de alterações microscópicas, como as causadas por bactérias.

Baixo custo

Werneck afirma que reproduzir esse sensor em larga escala é viável e de baixo custo. O objetivo da equipe é desenvolver um protótipo final que seja móvel e portátil, permitindo medições diretas nos locais suspeitos de contaminação, sendo também útil em campanhas ou missões em áreas remotas do país.

“Nos próximos passos da pesquisa, estamos estudando qual é o prazo de duração dessa fibra óptica funcionalizada com anticorpos. E também queremos aumentar ainda mais a sensibilidade para garantir que a água esteja sem nenhuma unidade de bactéria, totalmente própria para consumo humano”, acrescenta. “Acreditamos que chegaremos a um produto mais compacto e sensível ainda este ano,” disse.

Um dos próximos passos da pesquisa é converter o equipamento de laboratório em equipamento de campo, portátil e robusto. “Estamos trabalhando nessa frente agora”, afirmou Werneck.

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