Os servidores ambientais iniciaram, nesta segunda-feira (24), uma greve exigindo reestruturação da carreira e reajustes salariais. Mesmo com os estados do Brasil aderindo ao movimento haverá uma exceção para situações de desastres.
Dentro disso, servidores dos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul seguirão prestando apoio as vítimas das tragédias ocorridas.
Incêndios no Pantanal
Em 2024, os incêndios que ocorrem no Pantanal (MS) superaram em 112% o recorde registrado no ano de 2020. Além disso, o fogo já consumiu 541 mil hectares do bioma, o que corresponde a uma área 3 vezes maior a cidade de São Paulo.
Diante disso, o movimento da greve não visa interferir no combate as chamas que assombram o estado do Mato Grosso do Sul, pois neste caso trata-se de uma emergência.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente (MMA), 170 brigadistas do Ibama já estão no Pantanal atuando no combate aos incêndios. Além disso, três helicópteros e uma avião do governo do Mato Grosso do Sul reforçam o combate ao fogo.
As enchentes que ocorrem no Rio Grande do Sul também continuarão a receber ajuda dos servidores ambientais. Nos últimos dias, o nível do rio Guaíba voltou a subir e os moradores já foram orientados a deixarem suas casas.
Atividades paralisadas
Entre as atividades que ficam paralisadas até segunda ordem, estão as operações de combate a crimes ambientais. Contudo, a mudança pode impactar negativamente a operação na terra indígena Yanomami, em vista de que o estado de Roraima já aprovou a adesão a greve.
Desde 2023, as negociações entre Ministério da Gestão e Inovação (MGI) e Servidores Ambientais estão travadas. Em abril deste ano, a pasta formalizou uma proposta a Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente (Ascema Nacional), mas não agradou a categoria.
Sobre a proposta, a mesma consistia em uma redução salarial de 20% a 30% da remuneração para os servidores. Porém, segundo apurações do Jornal de Brasília a Ascema desmente alegando que o reajuste proposto na verdade varia entre 19% e 26%.
No dia 7 de junho, a entidade apresentou uma contraproposta ao MGI, mas a pasta não aceitou alegando que os servidores ambientais já haviam chegado ao “limite máximo, do ponto de vista orçamentário.”
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