O presidente Lula defendeu que as carnes consideradas “chiques” tenham “impostozinho” durante entrevista à Rádio Sociedade da Bahia.
“Você tem vários tipos de carne, tem carne chique, de primeiríssima qualidade, que o cara que consome pode pagar um impostozinho. Agora, você tem outro tipo de carne, que é a carne que o povo consome. Frango, por exemplo, não precisa ter imposto. Frango faz parte do dia a dia do povo brasileiro, ovo faz parte do dia a dia. Uma carne, sabe, um músculo, um acém, coxão mole, tudo isso pode ser evitado”, disse Lula.
A sugestão do presidente acontece na semana em que os grupos de trabalho da regulamentação da Reforma Tributária na Câmara finalizam os textos.
O relatório com as alterações devem ser apresentadas aos líderes nesta quarta-feira (3). A expectativa é de que a votação da reforma seja feita na Câmara antes do início do recesso (18 de julho).
Entenda o imposto da carne
Deputados que integram o grupo de trabalho responsável pelo debate do texto principal da regulamentação da reforma tributária querem que a carne seja incluída na Cesta Básica Nacional (com alíquota zero do IBS/CBS).
Ao menos duas alterações devem ser feitas, entre elas, o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), que substituirão cinco impostos atuais que incidem sobre o consumo de produtos e serviços.
Pela proposta inicial do governo, as carnes entram na categoria estendida, com isenção de 60%, mas o presidente disse que a proposta do governo não é algo irrevogável, e que pode mudar.
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