Associação criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos. Estas são as acusações imputadas pela Polícia Federal (PF) ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em indiciamento feito nesta quinta-feira (5).
A ação da PF se dá no âmbito da investigação que apura se Bolsonaro e ex-assessores se apropriaram indevidamente de joias milionárias dadas de presente quando ele era presidente do Brasil.
Entre os itens, estavam um relógio da marca Rolex de ouro branco, um anel, abotoaduras e um rosário islâmico entregue a Bolsonaro durante uma viagem à Arábia Saudita, em 2019.
Segundo as regras do Tribunal de Contas da União (TCU), presentes de governos estrangeiros devem ser incorporados ao Estado pelo Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH).
Investigações da PF, no entanto, dão conta de que Bolsonaro ficou com os itens. A partir de meados de 2022, eles teriam sido vendidos fora do país, em negociações operacionalizadas pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid.
Próximos passos
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator do caso, recebeu o relatório final da PF.
Moraes, então, encaminhará o caso à Procuradoria-Geral da República. Caberá à PGR analisar os resultados e decidir se há evidências suficientes para pedir o indiciamento de Bolsonaro ou se novas diligências são necessárias.
Bolsonaro não teria agido sozinho
Além de Bolsonaro, a PF indiciou outros 11 suspeitos. Veja a lista completa:
• Bento Albuquerque (apropriação de bens públicos e associação criminosa);
• José Roberto Bueno Júnior (apropriação de bens públicos, associação criminosa e lavagem de dinheiro);
• Julio Cesar Vieira Gomes (apropriação de bens públicos, associação criminosa, lavagem de dinheiro e advocacia administrativa);
• Marcelo da Silva Vieira (apropriação de bens públicos e associação criminosa);
• Marcos André dos Santos Soeiro (apropriação de bens públicos e associação criminosa);
• Mauro Cesar Barbosa Cid (apropriação de bens públicos, associação criminosa e lavagem de dinheiro);
• Fabio Wajngarten (lavagem de dinheiro e associação criminosa);
• Frederick Wassef (lavagem de dinheiro e associação criminosa);
• Marcelo Costa Câmara (lavagem de dinheiro);
• Mauro Cesar Lourena Cid (lavagem de dinheiro e associação criminosa);• e Osmar Crivelatti (lavagem de dinheiro e associação criminosa).
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