O dinheiro resultante da venda das joias da Arábia Saudita no exterior foi entregue ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em espécie. A afirmação é da Polícia Federal (PF), em relatório assinado pelo delegado responsável pelo caso, Fabio Shor.
Nesta segunda-feira (8) o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, retirou o sigilo da investigação.
O relatório da polícia afirma que o uso de dinheiro em espécie tem o objetivo de ocultar a origem, localização e propriedade dos valores.
“Identificou-se, ainda, que os valores obtidos dessas vendas eram convertidos em dinheiro em espécie e ingressavam no patrimônio pessoal do ex-presidente da República, por meio de pessoas interpostas e sem utilizar o sistema bancário formal, com o objetivo de ocultar a origem, localização e propriedade dos valores”, diz trecho do relatório.
R$ 6 milhões em joias
Segundo a PF, Jair Bolsonaro formou uma associação criminosa para desviar presentes recebidos por ele em visitas oficiais para outros países enquanto Chefe de Estado.
O total das joias investigadas no caso chega a US$ 4.550.015,06 ou R$ 25.298.083,73. Do conjunto das peças, segundo o relatório, os auxiliares do então presidente venderam ou tentaram vender uma parte que resultou em mais de R$ 6 milhões. O relatório não informa, no entanto, o quanto desse valor teria ficado com Bolsonaro.
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