Mesmo proibida desde 2009, a venda de cigarros eletrônicos acontece livremente em todo o Brasil. Segundo pesquisa do Ipec, o número de usuários do produto no país quadruplicou em quatro anos. Saltou de 500 mil em 2018, para 2,2 milhões de usuários em 2022.

Perfil dos usuários

Os principais usuários de cigarros eletrônicos no Brasil são jovens adultos, frequentemente atraídos pela percepção de que os cigarros eletrônicos são menos prejudiciais à saúde em comparação com os cigarros tradicionais. Além disso, a variedade de sabores disponíveis e o marketing direcionado contribuem para a sua popularidade entre os mais jovens.

Funcionamento

Os cigarros eletrônicos, também conhecidos como vapes ou e-cigs, são dispositivos alimentados por bateria que simulam a experiência de fumar, sem a combustão do tabaco. Eles contém três componentes principais: a bateria, o atomizador e o líquido de vaporização, também conhecido como e-líquido.

Quando o usuário inala pelo dispositivo, a bateria ativa o atomizador, que aquece o e-líquido. Este líquido, que pode conter nicotina, sabores e outros produtos químicos, é transformado em vapor. O usuário inala o vapor, proporcionando uma sensação semelhante à de fumar cigarro tradicional, mas sem produzir fumaça.

Os cigarros eletrônicos vêm em diversas formas e tamanhos, desde modelos descartáveis até dispositivos recarregáveis e customizáveis. A popularidade desses produtos tem crescido, devido à percepção de que são menos prejudiciais do que os cigarros convencionais e à ampla variedade de sabores disponíveis.

Saúde

Especialistas em saúde alertam que os cigarros eletrônicos não são isentos de riscos. O uso contínuo pode levar à dependência de nicotina e potencialmente causar danos aos pulmões. Assim, ficam evidentes a necessidade de regulamentação e a conscientização pública sobre os perigos associados.

Segundo a cardiologista Jaqueline Scholz, do Instituto do Coração (Incor), em São Paulo, trata-se de um produto que gera dependência com facilidade. “O cigarro eletrônico dispensa e oferece nicotina em muito maior concentração e facilidade de uso que o cigarro convencional. Dão uma alta dependência, intensa e precoce”,  disse.

Regulamentação

Projeto de Lei da senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) visa a regulamentação do cigarro eletrônico no Brasil.  A apreciação da matéria pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) já sofreu dois adiamentos.  A retomada da análise deve ocorrer em 20 de agosto.

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