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STF mantém prisão de cinco investigados no caso “Abin Paralela”

Supremo Tribunal Federal - Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

STF julga nesta semana, ação sobre as regras de acesso e uso de investigações de acidentes aéreos em processos judiciais - Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter a prisão de cinco investigados na quarta fase da Operação Última Milha. Deflagrada nesta quinta-feira (11), a operação apura o uso irregular da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para favorecer filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro. 

A chamada “Abin paralela” serviu também para monitorar ilegalmente ministros do STF,  políticos opositores e jornalistas.

Com a decisão do STF, vão continuar presos: 

Segundo a investigação da Polícia Federal (PF), os cinco acusados participaram do trabalho de monitoramento ilegal.  A ação era do conhecimento do ex-diretor da Abin e atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).

Ramagem

Alexandre Ramagem disse que não houve monitoramento ilegal de autoridades. Segundo ele, os nomes que aparecem na investigação foram citados em mensagens de WhatsApp e conversas de outros investigados na operação.

“Trazem lista de autoridades judiciais e legislativas para criar alvoroço. Dizem monitoradas, mas na verdade não. Não se encontram em First Mile ou interceptação alguma. Estão em conversas de WhatsApp, informações alheias, impressões pessoais de outros investigados, mas nunca em relatório oficial contrário à legalidade”, afirmou.

O parlamentar também negou que tenha favorecido o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Segundo a PF, as ações clandestinas de monitoramento também ocorreram contra três auditores da Receita Federal responsáveis pela investigação sobre “rachadinha” no gabinete de Flávio quando ele ocupava do cargo de deputado estadual.

“Não há interferência ou influência em processo vinculado ao senador Flávio Bolsonaro. A demanda se resolveu exclusivamente em instância judicial”, concluiu.

Flávio Bolsonaro

Nesta quinta-feira (11), o senador negou qualquer favorecimento e disse que a divulgação do relatório de investigação da PF tem o objetivo de prejudicar a candidatura de Ramagem à prefeitura do Rio de Janeiro.

“Simplesmente não existia nenhuma relação minha com Abin. Minha defesa atacava questões processuais, portanto, nenhuma utilidade que a Abin pudesse ter. A divulgação desse tipo de documento, às vésperas das eleições, apenas tem o objetivo de prejudicar a candidatura do delegado Ramagem à prefeitura do Rio de Janeiro”, afirmou.

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* Com informações da Agência Brasil

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