A Força Nacional do Sistema Único de Saúde (FN-SUS) já vacinou 1.165 pessoas contra a influenza A em comunidades indígenas do Acre.

Segundo o Ministério da Saúde, a Força começou a atuar na região em 1º de julho, após o aumento de casos de síndromes gripais.

Além disso, a região viu um aumento no número de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG) e Doenças Diarreicas Agudas (DDA) em aldeias do município de Assis Brasil.

A Pasta informou que foram registrados ao todo 337 casos de gripe e diarreia, resultando na morte de duas crianças.

“Estamos montando uma campanha de vacinação na região e iniciamos a imunização de todos os residentes”, explicou Rodrigo Stabeli, coordenador da FN-SUS.

O Ministério da Saúde e a Secretaria Estadual de Saúde do Acre planejam vacinar cerca de 2 mil pessoas.

Segundo a Secretaria, as notificações indicam que crianças de 1 a 5 anos e idosos acima de 60 anos foram desproporcionalmente afetados pelas doenças.

Vacinação

Segundo dados do Ministério da Saúde, apenas 22% do público-alvo foi vacinado contra Influenza, dividido em quatro tipos de vírus da gripe: A, B, C e D.

O vírus influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o vírus influenza A responsável pelas grandes pandemias.

Desde o início da campanha em 25 de março, agentes aplicaram 14,4 milhões de doses para uma população-alvo de 75,8 milhões de pessoas.

Estados como o Distrito Federal (13,78%), Mato Grosso do Sul (14,18%), Mato Grosso (14,36%), Bahia (14,92%) e Rio de Janeiro (17,76%) registraram as menores taxas de vacinação.

Em 2021, a cobertura vacinal em crianças menores de um ano no Acre foi de 61,7%. Em 2023, essa taxa aumentou para 73,9%.

Na semana passada, o governo do Acre informou que recebeu do Ministério da Saúde dez mil doses antecipadas da vacina trivalente contra a influenza. A distribuição começa nesta segunda-feira(15).

De acordo com o secretário de Saúde, Pedro Pascoal, “a vacina trivalente contra influenza é comprovadamente segura e eficaz. Além de prevenir casos graves da doença e mortes entre os grupos de risco, desempenha um papel crucial na proteção de toda a população”.

Avanços

Nesta segunda-feira (15), o Brasil avançou na imunização infantil e saiu da lista dos 20 países com mais crianças não imunizadas no mundo.

O relatório da OMS/UNICEF mostra que, no Brasil, o número de crianças que não receberam nenhuma dose da DTP1, contra difteria, tétano e coqueluche, caiu de 418 mil em 2022 para 103 mil em 2023.

Além disso, o número de crianças que não receberam a pentavalente também diminuiu, de 846 mil em 2021 para 257 mil em 2023.

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