O Governo Federal anunciou, nesta segunda-feira (22), um corte de R$ 15 bilhões no orçamento público para tentar estabilizar as contas.

Mesmo assim, a estimativa é de que a situação das contas públicas piore em relação ao que a equipe econômica previu no início de 2024.

Dessa forma, o déficit orçamentário deve chegar a R$ 28,8 bilhões neste ano e este valor representa o limite da meta estipulada pelo governo. Ou seja, as movimentações previstas no arcabouço fiscal limitam o rombo nas contas públicas em até R$ 28,8 bilhões.

O que pode mudar?

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva continua mantendo o discurso de que a sua gestão está focada em cumprir a meta de zerar o déficit. Porém, os diversos gastos do governo obrigaram o mesmo a optar pelo corte orçamentário de R$ 15 bilhões.

O discurso de Lula é visto por muitos especialistas financeiros como incoerente, pois entendem que a onda de gastos pode impactar negativamente nas contas públicas.

Dessa forma, a dívida pública pode acabar trazendo ainda mais complicações para os brasileiros, que já lidam com altos preços e taxações de produtos o que complica o planejamento para pagar as contas do dia a dia.

Em maio deste ano, o valor da dívida chegou a R$ 8,5 trilhões representando 76,6% do Produto Interno Bruto (PIB). Portanto, quanto mais o governo acumular déficits maior será a pressão em cima da moeda, ou seja, o real fica mais desvalorizado.

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Inflação

Além disso, outra preocupação é referente a inflação do país que também pode sofrer uma pressão com o crescimento da dívida do setor público. A cada vez que a inflação aumenta, os preços dos produtos também se elevam.

Há uma grande dúvida não só para os brasileiros, mas também para economistas se o governo Lula será capaz de cumprir a meta fiscal conforme suas previsões. Na última quinta-feira (18), o Ministério da Fazenda aumentou a previsão da inflação para 2024 de 3,7% para 3,9%.

Com intuito de conter a inflação, o governo busca além do aumento nas arrecadações (impostos) cortar gastos de benefícios e programas sociais, que podem estar interferindo na melhora da situação.

Atualmente, o governo Lula fornece vários auxílios financeiros com intuito de ajudar a população com menos condições de manterem uma vida financeira estável. Portanto, a mudança pode acabar impactando nestes programas e em outros benefícios.

Com informações do G1.

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