O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta terça-feira (23), a política de valorização do salário mínimo e disse que vai manter os reajustes até o fim do mandato.
A declaração foi durante a solenidade de celebração dos 10 anos do Campo Lagoa do Sino da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) em Buri, a 200 km da capital paulista.
“Nesses dois anos [de governo] aplicamos 11% de reajuste por mérito no salário e vamos continuar, porque, quando o salário aumenta, o povo vira consumidor. A classe média vai vender mais”, declarou Lula.
“Com o povo consumindo mais, os agricultores terão o que plantar. Haverá mais comida barata, e todos ficarão mais bonitão e mais gordo”, acrescentou o presidente.
Desde janeiro de 2024, o salário mínimo é de R$ 1.412. A previsão para 2025 é de R$ 1.502, representando um aumento de 6,73% em relação ao valor atual.
Lula também criticou a alíquota do imposto sobre herança, comparando-a com a dos Estados Unidos. “No Brasil, ninguém faz doação porque o imposto sobre a herança é insignificante, apenas 4%. As pessoas não têm interesse em devolver o patrimônio delas”, afirmou.
Acompanhado pelos ministros Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar) e Camilo Santana (Educação), Lula visitou o campus de Buri, que oferece cursos de biologia, administração, engenharia de alimentos, engenharia agronômica e engenharia ambiental.
Energia Limpa
O presidente também destacou que o Brasil está preparado para liderar no mercado de energia limpa, chamando a transição energética de uma tendência global. “Temos 85% de energia limpa e vamos investir em energia eólica, solar e hidrogênio verde, que são essenciais para cuidar do planeta”, disse Lula.
Por fim, Lula disse ao público que, aos 78 anos, sente-se jovem e otimista. “Quando se tem uma causa, a gente não envelhece. Fui eleito para mostrar que o povo pobre não é o problema, é a solução”, concluiu o presidente.
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