Na semana passada o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro protagonizaram troca de farpas.
As indiretas começaram depois que Maduro fez declarações de que, se não ganhasse as eleições, haveria derramamento de sangue.
Maduro intensificou suas declarações em defesa do processo eleitoral e afirmou que o Brasil não tinha eleições auditadas, ao contrário das eleições venezuelanas.
Além disso, após as declarações de Maduro, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desistiu de enviar observadores para as eleições da Venezuela em resposta às acusações do presidente Nicolás Maduro.
Lula afirmou: “Eu fiquei assustado com a declaração do Maduro dizendo que, se ele perder as eleições, vai ter um banho de sangue. Quem perde as eleições toma um banho de voto. O Maduro tem que aprender, quando você ganha, você fica; quando você perde, você vai embora”.
Maduro mandou um recado para Lula, em entrevista a agências internacionais: “Que tome um chá de camomila”.
Em resposta, Lula declarou que Maduro tem que respeitar o resultado democrático das eleições.
Edmundo González Urrutia, principal candidato opositor de Nicolás Maduro, lamentou a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de cancelar o envio de uma missão à Venezuela.
Eleições na Venezuela
As eleições presidenciais na Venezuela ocorreram neste domingo (28). Do mesmo jeito que Maduro criticou o processo eleitoral brasileiro, a Venezuela agora é alvo de acusações de falta de transparência no resultado.
Na madrugada desta segunda-feira (29), o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) informou que Nicolás Maduro foi o vencedor das eleições com 80% dos votos apurados.
O CNE, liderado por um aliado do presidente venezuelano, afirmou que Maduro recebeu 51,2% dos votos, enquanto o principal candidato da oposição, Edmundo González, obteve 44%.
Entretanto, as pesquisas apontavam liderança de González.
Além disso, a oposição, que tem denunciado irregularidades, contestou os números divulgados pelo CNE, afirmando que Edmundo González teve 70% dos votos, e Maduro, 30%.
Ademais, resultados de outras pesquisas de boca de urna indicavam uma vitória de González com larga vantagem.
O presidente Lula ainda não se manifestou sobre as eleições na Venezuela. Celso Amorim, assessor-chefe especial do presidente da República acompanhou o pleito. Ele desembarcou em Caracas na sexta-feira (26).
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