Após o resultado da eleição na Venezuela, os próximos meses devem ser desafiadores para a estabilidade política do país.
De acordo com fontes diplomáticas, o Brasil , juntamente com a Colômbia, poderá assumir uma posição no processo de “estabilização política”, desde que seja convidado pelo grupo do presidente Nicolás Maduro e pela oposição.
Uma das maiores preocupações são seis meses desde a eleição até a posse presidencial em 10 de janeiro de 2025.
Em comparação, diplomatas citam que democracias consolidadas como Brasil e Estados Unidos, com um tempo de transição de até dois meses, passaram pelo ataques às sedes dos Três Poderes e ao Capitólio, respectivamente nas últimas eleições.
Na quinta-feira (25), os ministros das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, e da Colômbia, Luis Gilberto Murillo, se reuniram no Itamaraty para discutir a eleição na Venezuela.
Na conversa, reafirmaram preocupação e reforçaram a máxima atenção com a votação.
Representante brasileiro na Venezuela
Antes da divulgação do resultado, Amorim elogiou a “participação expressiva” dos eleitores e reforçou a expectativa do governo brasileiro para que os candidatos à Presidência da Venezuela respeitem o resultado das urnas.
“É motivo de satisfação que a jornada tenha transcorrido com tranquilidade, sem incidentes de monta. Houve participação expressiva do eleitorado. Estou em contato com diferentes forças políticas e analistas eleitorais, além de membros da equipe de observadores do Centro Carter e do Painel de Especialistas da ONU”, afirmou.
Segundo o assessor, o presidente Lula foi informado ao longo do dia sobre a votação. “O presidente Lula vem sendo informado ao longo do dia. Vamos aguardar os resultados finais e esperamos que sejam respeitados por todos os candidatos”, complementou.
Manifestação brasileira
O Brasil aguarda o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) declarar a eleição de Nicolás Maduro para um terceiro mandato de seis anos, o governo brasileiro quer aguardar a manifestação da oposição e de observadores internacionais do processo eleitoral antes de emitir um posicionamento oficial.
A expectativa é que uma manifestação do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ocorra ao longo desta segunda-feira (29), de acordo com fontes diplomáticas consultadas.
Ainda de acordo com integrantes do governo brasileiro, é preciso apurar a denúncia feita pelo CNE de que houve um “ataque terrorista” ao sistema eleitoral venezuelano.
Segundo o CNE, Maduro teve apoio de 51,2% dos eleitores que compareceram às urnas, foram 5.150.092 votos, de acordo com o órgão eleitoral, que é alinhado ao presidente. O principal opositor na disputa, Edmundo González, teve 44,2% 4.445.978 votos.
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