O surfe, esporte recentemente incluído nos jogos olímpicos, ganhou notoriedade especial nesta segunda-feira (29), por causa de uma foto. Jerome Brouillet, um fotógrafo francês, se destacou nos Jogos Olímpicos de Paris-2024 ao capturar um momento icônico de Gabriel Medina.
Para muitos, no entanto, o surfe é mais do que um esporte; é uma cultura, uma arte e um modo de vida. Suas raízes se aprofundam na história antiga da Polinésia. Nativos havaianos já deslizavam sobre as ondas no século XVIII, muito antes de o mundo conhecer essa prática.
Quando o Capitão James Cook chegou ao Havaí em 1778, ele testemunhou um espetáculo fascinante: homens e mulheres em pranchas de madeira, domando o poder do mar.
Duke Kahanamoku, o “pai do surfe moderno”, desempenhou um papel crucial na disseminação do esporte. Nascido em Honolulu em 1890, Duke era um nadador olímpico que conquistou cinco medalhas entre 1912 e 1924.
No entanto, foi sua paixão pelo esporte que deixou um legado duradouro. Ele introduziu o surfe na Califórnia em 1912 e na Austrália em 1914, cativando multidões e inspirando uma nova geração de surfistas.
Posteriormente, a prática começou a se estruturar como esporte nos anos 1920. O primeiro campeonato oficial aconteceu em Corona del Mar, na Califórnia, em 1928. A partir daí, o surfe cresceu exponencialmente.
A década de 1960 viu o nascimento de ícones como Greg Noll e Miki Dora, que ajudaram a moldar a cultura do surfe na Califórnia. Filmes como “The Endless Summer” imortalizaram essa era dourada.
Profissionalização do surfe
Com o tempo, o surfe se profissionalizou. A criação da World Surf League (WSL) em 1976 trouxe um novo nível de organização e competição ao esporte. Surfistas como Kelly Slater e Stephanie Gilmore se tornaram estrelas globais, levando o esporte a novos patamares de popularidade.
A tecnologia também revolucionou o surfe. Parques de ondas artificiais, como o Surf Ranch de Kelly Slater, permitem que surfistas pratiquem em condições perfeitas, longe do oceano. Essa inovação promete tornar o surfe acessível a um público ainda maior.
Finalmente, o surfe alcançou um marco histórico em 2021, quando estreou nas Olimpíadas de Tóquio. Esse reconhecimento olímpico não só o validou como esporte, mas também celebrou sua rica herança cultural. O surfe continua a evoluir, mantendo sua essência de liberdade e conexão com a natureza.
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