Nos primeiros seis meses do ano, quase 70% dos feminicídios em São Paulo ocorreram dentro de casa. O Instituto Sou da Paz traz os dados, após analisar 124 casos no período.
O número de vítimas cresceu cerca de 10% em comparação com o mesmo período do ano passado, quando houve 114 casos. A maioria dos crimes tem a separação do casal como motivo.
O Sou da Paz destacou que o aumento de casos veio após cortes no orçamento das delegacias de defesa das mulheres em 2023.
“Os feminicídios estão aumentando. Precisamos de mais investimento para abrir delegacias que funcionem aos fins de semana e no período noturno, quando há maior vitimização de mulheres”, afirmou Natália Pollachi, pesquisadora do instituto.
A Secretaria Estadual de Segurança Pública afirmou que o combate à violência contra a mulher é uma prioridade.
Além disso, ela citou, em nota, a ampliação dos canais para comunicar crimes, como a expansão das Salas de Delegacia de Defesa da Mulher para atendimento 24 horas por dia em plantões policiais.
Segundo a secretaria, os acusados de violência doméstica são monitorados com tornozeleiras eletrônicas após a audiência de custódia. Já ocorreram prisões por se aproximarem das vítimas.
As vítimas de violência doméstica podem denunciar pelo aplicativo SP Mulher e pela Cabine Lilás, um espaço exclusivo no Centro de Operações da Polícia Militar.
Esporte e violência contra a mulher
Não para a surpresa de muitos, mas dados mostram que em dias de jogos de futebol, a lesão corporal dolosa contra mulheres é 23,7% maior, se comparar os dias em que não há partidas.
Os dados podem supreender e foram revelados pela pesquisa do Fórum de Segurança Pública em parceria com o Instituto Avon, em 2022.
Sobretudo, a pesquisa mostra que quando o jogo do time ocorre na própria cidade-sede, o crescimento de casos de lesão corporal estimado é de 25,9%.
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* Com informações da Agência Brasil