Na última terça-feira (6), um projeto de lei (PL) foi apresentado com objetivo de proibir atletas transgênero (pessoa que não se identifica com o sexo biológico) de competirem com cisgêneros (indivíduo que se identifica com o sexo biológico atribuído ao nascimento) em competições no Brasil.
O PL tem autoria do deputado federal Daniel Freitas (PL), que estabelece critérios para definir os gêneros do atletas. Segundo o congressista, os atletas devem ser definidos por seus cromossomos sexuais.
“Fica estabelecido como o critério definidor do gênero dos esportistas em todos os esportes e competições oficiais, que atletas com genótipo XX compitam apenas com outros atletas XX, e atletas com genótipo XY compitam apenas com outros atletas XY.“
Afirmou no projeto de lei.
Categoria exclusiva para atletas trans jogarem contra trans
Nos artigos do projeto, é proposto que as federações deportivas criem competições entre pessoas trans, desde que sejam entre os mesmos sexos biológicos.
Nas justificativas do PL, o deputado apresentou um artigo do médico Alessandro Lola, que exemplifica o sucesso de atletas que mudaram de gênero e passaram a competir em outras chaves, como o caso de Renne Richards e Gavin Hubbard.
De acordo com o Poder360, o político do PL afirmou que “Não custa nada criar uma categoria. É uma saída mais eficiente e torna o esporte mais justo”.
Olimpíadas em Paris levanta discussões sobre competições entre atletas trans e cis
Nos Jogos Olímpicos de Paris, a luta de boxe entre a argelina Imane Khelif e a italiana Angela Carini repercutiu.
A polêmica começa com a notícia falsa de que a boxeadora italiana abandonou a luta porque a adversária seria uma atleta transgênero.
Contudo, Imane Khelif não é transgênero. A atleta se identifica como mulher e cresceu como mulher. Segundo o presidente da Associação Internacional de Boxe (IBA), Umar Kremlev, supostos exames forma realizados e mostraram que a atleta teria comossomos XY, que são assosciados ao sexo masculino normalmente.
Dessa forma, a atleta seria uma pessoa intersexo, ou seja, aquelas pessoas que nasceram com alguma variação hormonal que não se encaixa nas normas médicas definidas para corpos do sexo femininos ou masculinos.
Vale destacar que o caso de Imane Khelif não foi citado no PL.
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