A Polícia Federal (PF) entregou ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira (9), relatório complementar sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco. O crime aconteceu em 2018.

O documento reitera os indícios de que Rivaldo Barbosa, chefe da Polícia Civil à época do crime, atuou para atrapalhar as investigações.

Ele teria atuado em parceria com Giniton Lages. O delegado foi o primeiro que esteve à frente do caso e está sob investigação em um segundo inquérito sobre a morte de Marielle. 

As investigações apontam que imagens de câmeras de segurança que poderiam ajudar a esclarecer a autoria do crime foram ignoradas. 

Lessa

O nome de Ronnie Lessa, que confessou ter feito os disparos que mataram Marielle e o motorista Anderson Gomes, surgiu logo no início das investigações.  Apesar disso, afirma a PF,  a polícia ignorou as imagens do trajeto entre a casa de Lessa, na localidade de Quebra-Mar, e o local do crime.

A PF aponta a suspeita de que Giniton Lages já sabia de onde partiu o veículo e que por isso não avançou na obtenção das imagens do trajeto realizado, de modo a ocultar a informação. 

A anexação aos autos das imagens que flagram a passagem do Chevrolet Cobalt utilizado no crime aconteceu somente sete meses depois do crime. A PF também apontou a ausência da coleta de imagens na rota de fuga.

O relatório de 87 páginas, assinado pelo delegado Guilhermo de Paula Machado Catramby, conclui ratificando o indiciamento de Barbosa, Lages e do comissário Marco Antonio de Barros Pinto, pelo crime de obstrução de Justiça.

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