A previsão do tempo indica que o calor e a baixa umidade podem fazer com que a fumaça volte a cobrir parte do Brasil.
As cidades do centro-norte devem sofrer mais com novos focos de incêndio. Além disso, a falta de chuva pode agravar a situação, permitindo que a fumaça retorne.
Nos últimos dias, o cenário acizentado mudou a paisagem de diversos lugares.
Em Brasília, mal dava para ver o Congresso Nacional e a esplanada dos ministérios. A capital passou dois dias encoberta por fumaça.
A fumaça também mudou a paisagem de outras capitais do Centro-Oeste, como Goiânia, e do Sudeste, como Belo Horizonte.
De acordo com o Climatempo, isso ocorreu por causa do ciclone extratropical, associado à frente fria que derrubou as temperaturas no fim de semana, carregando a fumaça das áreas com mais focos de incêndio.
O vento transportou fuligem de incêndios florestais que acontecem principalmente na Amazônia e no Pantanal. As queimadas em São Paulo também agravaram a crise.
No entanto, o tempo seco e quente pode aumentar os focos de incêndio e dispersar a fumaça.
O Climatempo explicou que a situação pode ficar mais crítica na parte centro-norte do Brasil, onde a tendência de tempo muito seco agrava as queimadas já existentes.
“Antes da frente fria, o ciclone atraiu a fumaça da Amazônia, do Pantanal e até do interior de São Paulo. Depois que o sistema passou, os ventos mudaram um pouco de direção, soprando de Sul para Norte”, afirmou o metereologista do instituto, Fábio Luengo.
Em contrapartida, o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) disse que a qualidade do ar no DF já começou a melhorar.
Fumaça pode piorar
O centro-norte ainda tem riscos para novos focos de incêndio. “A fumaça que tomou Goiás, Distrito Federal, Rondônia, Acre, Amazonas e Pará há alguns dias vai continuar e pode até piorar”, prevê o meteorologista do Climatempo.
Adicionalmente, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê que todos os estados do Centro-Oeste, o norte do Paraná, grande parte de São Paulo, o sul de Minas Gerais, o leste dos estados do Nordeste, e o sul do Pará e do Amazonas podem registrar níveis baixos de umidade relativa do ar.
Ações contra queimadas
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, ordenou nesta terça-feira (27) que o governo federal intensifique o combate às queimadas.
Dino estabeleceu um prazo de 15 dias para que sejam apresentadas as ações necessárias.
A medida exige que os ministérios da Defesa, da Justiça e do Meio Ambiente mobilizem as forças de segurança para atuar na prevenção e repressão das queimadas no Pantanal e na Amazônia.
Na Câmara, deputados se uniram para exigir ações concretas contra as queimadas no Brasil e pediram uma investigação sobre as causas dos incêndios.
Alem disso, destacaram a urgência de reforçar o sistema de saúde para tratar doenças respiratórias causadas pela fumaça.
Por outro lado, o Governo Federal autorizou ontem a contratação de brigadas temporárias em 20 estados para combater os incêndios florestais.
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