Nesta terça-feira (3), o Rio Grande do Sul deve receber novamente a fumaça das queimadas na Amazônia e em outras partes da América do Sul.

Segundo a MetSul Meteorologia, ventos quentes vindos do Norte estão trazendo esse ar poluído para o estado.

Além disso, a fumaça gerada por um grande número de incêndios seguirá para o Oceano Atlântico e, depois, retornará ao Norte, atingindo estados do Sudeste como Rio de Janeiro, Espírito Santo e parte de São Paulo.

A MetSul aponta que a principal origem da fumaça é o Sul da Amazônia, especialmente o “arco do desmatamento” que inclui o Amazonas, Rondônia e Bolívia, onde os incêndios são frequentes.

De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram registrados 3.432 focos de calor na Amazônia entre a noite de domingo e a noite de segunda-feira.

Além disso, a meteorologia explica que um corredor de vento em baixas altitudes, conhecido como corrente de jato, transporta a fumaça da Amazônia para o Sul do Brasil.

Esse corredor traz ar mais quente, o que, por sua vez, aumenta as temperaturas no Norte do estado gaúcho.

Segundo o Inpe, é comum que esses corredores de fumaça se movam para o Sul nesta época do ano, conforme os ventos.

Em alguns casos, a fumaça pode alcançar Buenos Aires. No Sul do Brasil, a fumaça tende a permanecer suspensa, resultando em um céu mais acinzentado.

No entanto, em situações excepcionais, a fumaça pode descer e afetar mais severamente a qualidade do ar.

Queimadas

O Brasil registrou em agosto 68.635 focos de queimadas, segundo o “Programa Queimadas” do Inpe. Este número representa o pior resultado para o mês desde 2010.

Comparado ao ano passado, a taxa mais que dobrou, já que em 2023 foram registrados 28.056 focos no mesmo período.

A média de queimadas para o mês de agosto é de 46.529 focos. Em contraste, o menor número registrado foi em 2013, com cerca de 21 mil focos em todo o país.

Por fim, a previsão para setembro indica que uma onda de calor atingirá grande parte do Brasil, favorecendo as queimadas.

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