No dia 5 de setembro, o Brasil celebra o Dia da Amazônia, uma data criada em 2007. O Ministério do Meio Ambiente explica que a comemoração lembra a criação da Província do Amazonas, em 1850.
No entanto, a data destaca problemas sérios enfrentados pela região, como o aumento das queimadas e a seca grave nos rios, que agravam a crise ambiental.
Além disso, a data chama a atenção para a importância de preservar o bioma.
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), “o ecossistema não é apenas vital para a subsistência das populações locais, mas também desempenha um papel essencial no enfrentamento da crise climática e da perda de biodiversidade”.
Queimadas
Em agosto de 2024, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou 38.266 focos de queimada na Amazônia. Esse foi o maior número desde 2005, quando foram registrados 63.764 focos.
Além disso, os incêndios começaram a afetar as capitais da região Norte.
Em Manaus (AM), a fumaça cobriu a cidade por vários dias no último mês, devido a uma massa de ar que trouxe a fumaça dos incêndios florestais para a área.
No Acre, o monitoramento da IQAir revelou que uma nuvem de poluição cobriu Rio Branco, elevando a qualidade do ar a um nível ‘perigoso’.
No final de agosto, o estado decretou estado de emergência em saúde pública.
Por causa da fumaça, o estado cancelou o desfile de 7 de setembro. Além disso, as aulas foram suspensas na capital Rio Branco.
No Pará, as queimadas na Amazônia afetaram cidades. São Félix do Xingu registrou 1.443 focos. Em Altamira, foram identificados 1.102 focos.
O problema se espalhou para outras capitais. Em Belo Horizonte (MG), a fumaça cobriu a cidade pelo terceiro dia consecutivo na quarta-feira (4).
No último mês, cidades da Grande São Paulo também enfrentaram céus cinzentos devido à fumaça vinda da Amazônia
No Sul, a fumaça de queimadas na Amazônia voltou a encobrir as capitais nesta quarta-feira (4).
Além disso, no início do mês, a MetSul Meteorologia, alertou que ventos vindos do Norte levariam o ar poluído para o estado.
Seca
A seca dos rios já começou a afetar a população, que está enfrentando dificuldades de locomoção.
No Amazonas, o cenário este ano é crítico. As cidades têm dificuldades para receber insumos, os preços dos produtos aumentaram e, além disso, comunidades indígenas e ribeirinhas podem ficar isoladas.
Como resultado, todos os 62 municípios do Amazonas foram declarados em estado de emergência ambiental e de saúde pública devido à situação. De acordo com o governo, a seca dos rios no estado, em 2024, está afetando mais de 330 mil pessoas.
Em Rondônia, a seca extrema causou paralização parcial da hidrelétrica de Santo Antônio. Apenas 14% das turbinas estão funcionando.
Por fim, entre junho e julho, o Acre registrou seca extrema em 14% de seu território, condição mais severa desde novembro de 2022.
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