As chuvas devem demorar para chegar na maior parte do Brasil, de acordo com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).

A previsão indica que as áreas mais impactadas pela seca não registrarão volumes significativos de chuva neste ano.

A região Centro-Norte do Brasil registrará volumes de chuva abaixo do esperado até novembro.

Além disso, a seca pode se prolongar nessa região pelos próximos três meses.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta vermelho neste domingo (8) devido aos perigos causados pela baixa umidade do ar, que está abaixo de 12%, em Goiás, Mato Grosso, Pará e Tocantins.

Esse cenário se repete em outras regiões do Brasil, com altas temperaturas e queda na qualidade do ar.

Além disso, o país enfrenta uma nova onda de calor, com capitais registrando máximas de até 40ºC.

Segundo o Climatempo, uma massa de ar seco e quente mantém as temperaturas elevadas na maior parte do país.

A baixa umidade do ar atinge níveis críticos nas áreas centrais, contribuindo para o aumento das queimadas.

“Na região central e sul da Amazônia, não há previsão de chuva, pelo menos nenhuma precipitação com potencial para diminuir as queimadas”, afirma Marcelo Seluchi, coordenador de Operações e Modelagem do Cemaden.

Baixa umidade

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) informou que, para os próximos dias, somente Acre, Alagoas, Espírito Santo, Roraima, Sergipe e Amapá não estarão em alerta de baixa umidade.

Por outro lado, os outros 20 estados e o Distrito Federal enfrentarão um “perigo potencial” de baixa umidade do ar, variando entre 30% e 20%.

Na semana passada, o Inmet emitiu um alerta de grande perigo para a baixa umidade em oito estados e no Distrito Federal.

Além disso, o clima seco nesses estados é comparável à média de umidade de desertos como o Saara, na África, e o Atacama, no Chile.

Incêndios

O Brasil registrou 3.640 focos de incêndio neste domingo (8), de acordo com dados consolidados pelo sistema BDQueimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

A Amazônia concentra a maior quantidade de focos, com 1.558, seguida pelo Cerrado, com 811; Caatinga, com 188; Mata Atlântica, com 168; Pantanal, com 28; e Pampa, com cinco focos identificados. 

O estado do Mato Grosso apresenta o maior número de focos, com 933, seguido pelo Pará, onde há 415 focos ativos.

Por fim, a Polícia Federal (PF) investiga atualmente 52 casos de incêndios florestais No Amazonas, por exemplo, mais de 170 pessoas foram presas em uma operação por crimes ambientais entre os dias 30 de abril e 5 de setembro.