O presidente Luiz Inácio Lula da Silva concedeu entrevista nesta manhã de quarta-feira (11) à Rádio Norte FM e relatou a situação da seca no Amazonas.

Lula esteve nesta terça-feira (10) no Amazonas e afirmou que a viagem foi necessária e destacou a importância de vivenciar a situação de perto.

“Ficar em Brasília e apenas acompanhar pela televisão, internet ou rádio não nos dá uma noção exata do que significa enfrentar a seca no estado”, explicou.

Durante a visita, Lula observou que, apesar de ainda haver água nos rios, eles estão de 6 a 7 vezes menores do que eram no passado.

“Aprendemos que, mesmo com um pouco de água, os rios estão muito reduzidos em comparação com antes”, relatou. O presidente frisou, portanto, que a situação é mais crítica do que se imaginava.

Além disso, ele descreveu a situação nas comunidades visitadas:

“Encontramos comunidades onde, normalmente, a água do rio chega até a janela das casas. No entanto, o nível estava abaixo de meio metro, o que impossibilita o trânsito de barcos e prejudica tanto o transporte de produtos quanto a pesca, pois os peixes desaparecem e morrem.”

O presdiente destacou que, dessa forma, as condições de vida são severamente afetadas.

Por outro lado, apesar da gravidade da situação, Lula expressou satisfação por ter vivenciado a realidade local.

“É uma situação muito grave, mas fiquei feliz porque aprendi com minha mãe que o que os olhos não veem, o coração não sente. Precisamos voltar lá para cuidar da saúde, melhorar o programa Luz para Todos e garantir a distribuição de alimentos e água potável.”

Adicionalmente, ele ressaltou a necessidade de ações concretas para melhorar a qualidade de vida. Além disso, Lula sublinhou a responsabilidade de atender às necessidades das populações locais.

“Cuidar desse povo também é minha responsabilidade. Muitas vezes, eles são tratados como invisíveis, e as pessoas não querem enxergá-los. Fui lá para ver mulheres, homens e crianças e dizer que vamos cuidar de vocês.” Dessa forma, ele pretende reforçar o compromisso com essas comunidades.

Medidas

Como parte das medidas de apoio, Lula anunciou a instalação de 150 purificadores de água, que, após testes no Rio Grande do Sul, serão capazes de tratar 25 mil litros de água por dia.

Segundo o governo, essas ações visam melhorar a situação crítica enfrentada pelas comunidades afetadas.

Por fim, Lula reafirmou a criação de uma “autoridade climática” e disse que enviará uma Medida Provisória (MP) sobre emergência climática ao Congresso Nacional.

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