Em 2023, os brasileiros gastaram R$ 20,1 bilhões em viagens nacionais, marcando um impressionante crescimento de 78,6% em relação a 2021.

O número de viagens realizadas também aumentou significativamente, com um salto de 71,5% em comparação com o período anterior, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgada nesta sexta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O estudo, realizado em parceria entre o IBGE e o Ministério do Turismo, revelou que, em 2020, o gasto com viagens nacionais havia caído para R$ 12,6 bilhões devido às restrições impostas pela pandemia.

Em 2021, o valor reduziu ainda mais para R$ 11,3 bilhões. No entanto, em 2023, a recuperação foi robusta, com o gasto totalizando R$ 20,1 bilhões.

O número de viagens também refletiu essa recuperação. Em 2020, foram registradas 13,6 milhões de viagens, que diminuíram para 12,3 milhões em 2021.

Em 2023, o número subiu para 21,1 milhões, evidenciando um aumento significativo na mobilidade dos brasileiros.

A pesquisa mostrou que o percentual de domicílios com pelo menos um viajante subiu para 19,8% em 2023, abrangendo 15,3 milhões de lares, um aumento de 68,5% em relação a 2021.

Entre os domicílios com viajantes, 73,7% realizaram pelo menos uma viagem durante o ano, e 4,1% viajaram quatro vezes ou mais.

Apesar do crescimento no setor de turismo, a pesquisa revelou que a maioria das viagens ainda é nacional, com 97% dos trajetos realizados dentro do Brasil.

O Sudeste foi o destino mais popular, representando 43,4% das viagens, seguido pelo Nordeste (25,3%), Sul (17,4%), Centro-Oeste (7,5%) e Norte (6,4%).

Quanto aos meios de transporte, mais da metade das viagens (51,1%) foi feita de carro particular ou de empresa, enquanto o avião foi utilizado em 13,7% dos deslocamentos. As viagens de ônibus representaram 13,3% do total.

Em relação à hospedagem, a opção mais comum foi a casa de amigos ou parentes, com 41,8% das estadias. Hotéis, resorts e flats responderam por 18,1% das hospedagens, e imóveis por temporada, como os negociados através de aplicativos, representaram 4,8%.

O estudo também revelou uma mudança nas motivações para viagens pessoais. Em 2023, 38,7% das viagens foram feitas para lazer, enquanto 33,1% foram motivadas por visitas a familiares e amigos, uma inversão em relação a 2020.

A busca por cultura e gastronomia também ganhou destaque, passando de 15,5% em 2020 para 21,5% em 2023.

O analista William Kratochwill do IBGE destacou que a recuperação do setor de turismo mostra a resiliência dos brasileiros em retomar suas atividades de lazer após o impacto da pandemia.

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*Com informações da Agência Brasil