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Mudanças climáticas podem intensificar insegurança alimentar

Mais da metade dos domicílios com insegurança alimentar grave eram chefiados por pessoas pretas e pardas - Foto: Tony Winston/Agência Brasília

Mais da metade dos domicílios com insegurança alimentar grave eram chefiados por pessoas pretas e pardas - Foto: Tony Winston/Agência Brasília

Nos últimos anos, o Brasil tem enfrentado ondas de calor e períodos prolongados de seca. Esses eventos climáticos extremos reduziram a quantidade de chuva, o que pode comprometer a produção de alimentos e ocasionar no aumento da fome.

Os incêndios florestais têm se tornado mais frequentes e severos, além dos danos diretos à produção de alimentos, os incêndios também degradam o solo, tornando-o menos fértil e mais suscetível à erosão.

Segundo uma reportagem da Epoch Times o agronegócio brasileiro já enfrenta grandes dificuldades devido à seca e às queimadas que afetam várias regiões do país. Essas condições adversas têm prejudicado a produção de alimentos essenciais como açúcar, café, frutas e hortaliças, o que deve impactar negativamente a inflação nos próximos meses.

Dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) indicam que 58% do território nacional está sofrendo com estiagem, a pior desde 1950.

As queimadas, que devastaram áreas produtivas em São Paulo, Amazônia e Pantanal, intensificam ainda mais a crise.

O café e a cana-de-açúcar estão entre as culturas mais prejudicadas, com a produção de cana já enfrentando prejuízos de R$ 800 milhões.

A seca também afeta as pastagens, elevando os custos de produção de carne bovina, enquanto a produção de proteínas suína e de frango é menos impactada, devido a condições climáticas mais favoráveis no sul do país.

Medidas necessárias para enfrentar a crise

Especialistas destacam a importância de se adaptar às mudanças climáticas para mitigar esses impactos.

Investir em tecnologias agrícolas resilientes, recuperar áreas degradadas e adotar práticas sustentáveis são estratégias essenciais.

Também é crucial implementar políticas públicas que garantam acesso a alimentos e ofereçam assistência às comunidades afetadas.

Realidade da insegurança alimentar

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua mostram que, no último trimestre de 2023, 10,8% dos lares chefiados por mulheres enfrentam insegurança alimentar moderada ou grave, comparado a 7,8% nos lares chefiados por homens. Além disso, 74,6% dos lares com insegurança alimentar grave são chefiados por pessoas pretas e pardas.

Especialistas alertam sobre a crise hídrica

Durante o 6° Encontro Nacional de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, a professora Rosana Salles da Costa, do Instituto de Nutrição Josué de Castro (UERJ), destacou que a insegurança hídrica, exacerbada pelas mudanças climáticas e queimadas, está prejudicando a produção de alimentos.

Ela enfatizou a necessidade de políticas públicas para enfrentar essas dificuldades e promover uma alimentação saudável.

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*Com informações da Agência Brasil e Epoch Times

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