Algumas regiões do Brasil podem registrar chuva preta neste final de semana, alertou o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Este evento ocorre quando partículas de fumaça, vindas de queimadas, sobem para a atmosfera e se misturam com gotas de chuva.
A Região Norte é a mais afetada pelas queimadas e os prejuízos já somam R$ 2 bilhões.
Com o avanço de uma frente fria, o fenômeno poderá ser observado em partes do Sul e Sudeste do país.
A combinação de uma grande quantidade de fuligem na atmosfera e as condições climáticas favoráveis torna a ocorrência da chuva preta mais provável.
O Inmet destaca que os estados mais afetados devem ser Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
No entanto, o fenômeno pode se estender para o sul do Mato Grosso do Sul e para as regiões Sudeste, incluindo São Paulo e Rio de Janeiro, à medida que a frente fria avança.
Enquanto isso, a área central e outras partes do país, o tempo deve permanecer quente e seco.
Desde a semana passada, o Inmet alerta para risco de incêndios e períodos de baixa umidade em diversas regiões do Brasil.
Chuva preta
A fuligem, um material particulado constituído principalmente de carbono, é o principal componente da chuva preta.
De acordo com o Metsul meteorologia, este material resulta da combustão incompleta de orgânicos, como combustíveis fósseis e biomassa.
“As partículas de fuligem são extremamente pequenas, permitindo que permaneçam suspensas no ar por longos períodos e viajem grandes distâncias”, explicou o Metsul.
Além disso, a presença de fuligem na atmosfera e a ocorrência de chuva preta são indicadores preocupantes dos níveis de poluição, impactando visivelmente o ambiente urbano.
A chuva preta pode deixar uma camada de sujeira em superfícies como prédios, veículos e infraestruturas, aumentando os custos de manutenção e degradando materiais.