O incêndio que atinge o Parque Nacional de Brasília desde a manhã do domingo (15) continua se alastrando nesta segunda-feira (16), com três focos ativos.

Segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), as chamas já destruíram 700 hectares da área de proteção ambiental. A Polícia Federal investiga as causas do fogo.

Uma densa coluna de fumaça escura pode ser vista saindo do parque, também conhecido como Água Mineral. Até agora, as autoridades não têm previsão de controle.

O Distrito Federal enfrenta 146 dias consecutivos sem chuvas, o que dificulta o combate ao fogo e favorece a rápida propagação das chamas. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia, o período de seca mais severa ocorreu em 1963, com 163 dias sem precipitação.

João Morita, coordenador de Manejo Integrado do Fogo do ICMBio, informou que 93 combatentes, incluindo equipes do ICMBio, Corpo de Bombeiros e PrevFogo, estão envolvidos na operação. Aviões e helicópteros auxiliam no controle das chamas.

As equipes suspenderam o combate durante a noite de domingo, mas retomaram as atividades às 6h desta segunda-feira.

A qualidade do ar nas proximidades do parque piorou, levando a Secretaria de Educação do Distrito Federal a suspender as aulas em escolas da região. Moradores relataram forte cheiro de fumaça e baixa visibilidade.

O fogo se aproxima das residências

O incêndio já se aproxima de áreas residências no Distrito Federal. Além dos problemas de saúde que as queimadas podem provocar, o risco a vida dos moradores preocupa as autoridades.

A professora Silvana Moura, mora em uma vila militar ao lado da Floresta Nacional, e contou à Agência Brasil que as chamas chegaram em volta de sua casa no início da tarde desta segunda (16).

“Durante a madrugada eu senti o cheiro da queimada, mas estava muito longe, pensei que daria tempo de apagar. Ao meio dia, fui sair para buscar minha filha no colégio e só vi a fumaça da queimada e, quando retornei, a vila estava cercada pelo fogo”, conta.

De acordo com a moradora, a família, apesar de sentir dificuldade para respirar e ardência nos olhos, eles ainda não saíram por conta dos quatro cachorros que possuem.

“Já teve queimadas na floresta em outros anos, mas dessa vez está pior. Eu nunca vi uma coisa tão absurda”, finalizou.

Veja imagens da situação de Brasília

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