A fumaça dos incêndios no Distrito Federal persiste e continua incomodando a população na noite desta terça-feira (17).
Na área norte da capital federal, há muita fumaça, o que prejudica a saúde e a visibilidade dos motoristas.
No Eixão, está difícil enxergar onde começa e onde termina o traço do arquiteto.
Alex Vinagre, morador da área há décadas, de 49 anos, afirmou ao Portal Norte que nunca viu “coisa igual” e relatou: “está difícil respirar e dormir, mesmo usando ar condicionado”.
Ele destacou, durante a conversa, que “parece que acenderam uma fogueira na sala de casa”.
Já, Sofia Linhares, estudante de 16 anos e também moradora da Asa Norte, disse que a fumaça incomoda muito.
“Eu já estou com tosse e agora, com essa fumaça, vou piorar muito”, destacou. Além disso, outros moradores e porteiros de prédios reclamaram da fumaça que está tomando conta.
Hoje mais cedo, a qualidade do ar em Brasília foi considerada insalubre. A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) recomendou beber bastante água, fechar portas e janelas e usar máscara.
Segundo a SES-DF, devido às condições, a população pode apresentar sintomas como tosse seca, cansaço, ardor nos olhos, nariz e garganta.
Além disso, a fumaça pode causar alergias, asma e piora dos sintomas.
Fogo no Parque Nacional de Brasília
Grande parte da fumaça que encobre a capital federal ocorre devido ao incêndio que atingiu o Parque Nacional.
Segundo o Corpo de Bombeiros do DF, o fogo, que teve início no domingo (15), consumiu cerca de 2,4 mil hectares do Parque, mas as chamas expostas estão controladas.
No entanto, o incêndio se tornou denso e consome o material acumulado embaixo da terra em dois focos ainda ativos nesta terça-feira (17). Por fim, ainda há risco que as chamas voltem a se alastrar.
Foram mobilizados 640 homens para trabalhar durante toda a noite.
Além das chamas no Parque Nacional, queimadas simultâneas ocorrem por todo o Distrito Federal. Com isso a situação se agravou.
A Polícia Federal investiga a origem do incêndio; Mauro Oliveira Pires, presidente do Instituto Chico Mendes (ICMBio), afirmou que é criminoso.