O presidente Lula deve decidir nesta semana sobre a possível volta do horário de verão. A discussão em torno da readoção da medida foi retomada pelo governo devido ao recorde de queimadas e ao período prolongo de seca no Brasil.
O horário de verão seria uma alternativa para a redução do consumo de energia elétrica, uma vez que a estiagem reduz o nível dos reservatórios das hidrelétricas, maior fonte de energia do país.
Como a energia solar é a segunda de maior geração energética no Brasil, o maior tempo luz natural poderia minimizar o consumo de energia no horário nobre, entre 18h e 22h, quando as pessoas consomem mais eletrodomésticos, ar condicionado e televisão.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o Operador Nacional do Sistema (ONS) vão apresentar nos próximos dias um estudo sobre o horário de verão com base nas circunstâncias atuais.
A decisão final caberá a Lula, e será uma decisão não só técnica, mas também política, já que o horário de verão afeta a rotina dos brasileiros.
Prós e contras
Há controvérsias quanto ao impacto do horário de verão para a redução da demanda por energia elétrica.
Alguns especialistas consideram o horário de verão bem-vindo diante do período de urgência climática enfrentado pelo país.
E também acreditam que ele beneficia setores da economia, como bares e restaurantes, em razão da circulação de pessoas por mais tempo nas ruas.
Outros avaliam que a economia de energia ao longo do tempo é pouca e criticam os impactos nos ciclos biológicos e na saúde da população.
Para eles, adiantar o relógio ainda pode trazer risco à segurança, pois muitos trabalhadores precisam sair para trabalhar no escuro.
Histórico
No Brasil, o horário de verão foi instituído durante a gestão de Getúlio Vargas, em 1931 e 1932, mas só passou a ser adotado sem interrupções a partir de 1985, com o fim da ditadura militar.
Em abril de 2019, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), ele foi extinto com a justificativa de que não cumpria a economia prometida.
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