O presidente Lula e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciaram, nesta quarta-feira (18), um plano de ação para redução dos impactos da dengue e outras doenças virais no país. As medidas foram apresentadas durante um evento no Palácio do Planalto.

As ações serão coordenadas pelo Ministério da Saúde, em parceria com estados e municípios. Este ano foi marcado por epidemias de dengue em vários estados. Só em 2024, o Ministério da Saúde registrou mais de 6,5 milhões de casos prováveis da doença, três vezes mais do que o ano anterior.

Lula destacou a importância de cada cidadão ajudar no combate da dengue e outras doenças a partir de cuidados em casa e na comunidade.

“É um compromisso assumido com toda a sociedade brasileira. Se cada um cumprir com a sua função e não permitir que haja nenhuma possibilidade dos mosquitos ficarem tirando férias no quintal, a gente vai ter muito mais condições de combate da chikungunya, dengue e tantas outras arboviroses que existem neste país”, pontou Lula.

A ministra da saúde destacou que “a hora de cuidar é agora” e afirmou que as ações são imediatas, mas voltadas para o enfrentamento a médio e longo prazo. Segundo ela, o aumento de casos está relacionado às urgências climáticas.

“Nosso objetivo aqui é reduzir os casos prováveis e o número de mortes. […] Nossos objetivos específicos são preparar a população para esse enfrentamento, desenvolver e implementar novas tecnologias e preparar a rede de atenção à saúde”, completou Nísia.

Medidas

As ações do do governo vão seguir seis eixos: Prevenção; Vigilância; Controle vetorial; Organização da rede assistencial e manejo clínico; Preparação e resposta às emergências; Comunicação e participação comunitária.

As medidas de prevenção serão intensificadas no período entre os picos de casos das doenças. Segundo o governo, em 2024, o investimento é de cerca de R$ 1,5 bilhão para ações de prevenção que incluem compra de vacina, testes rápidos e planos de contingência regionais.

Uma das medidas é a ampliação do método Wolbachia, técnica que consiste na introdução de mosquitos Aedes aegypti contaminados pela bactéria Wolbachia para inibir a transmissão de doenças.

A instalação de Estações Disseminadoras de Larvicida, estratégia que funciona como uma armadilha para as fêmeas do mosquito, é outra medida.

Os profissionais de saúde também vão receber capacitação e os fluxos da rede de assistência serão organizados para reduzir hospitalizações e óbitos.

Portal Norte conecta você às notícias mais recentes do Amazonas, Brasília, Acre, Roraima, Tocantins e Rondônia. Conteúdo confiável e em tempo real.