Na próxima segunda-feira (23), enfermeiros do DF realizarão uma paralisação de 24 horas em busca de isonomia salarial e em protesto à sobrecarga de trabalho.

Esta será a quarta paralisação da categoria em 2024. Enfermeiros já entraram em greve em datas anteriores: 28 de agosto, 3 e 10 de setembro.

Segundo o Sindicato dos Enfermeiros, a paralisação será acompanhada de atividades voltadas para a população.

A partir das 8h, haverá uma ação de doação de sangue no Hemocentro. Durante a tarde, às 15h, enfermeiros vão se concentrar na Rodoviária do Plano Piloto para promover uma campanha de educação antitabagismo.

No local, também serão realizadas testagens rápidas de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), distribuição de preservativos e conversas sobre a prevenção da dengue, sinais e sintomas da hanseníase. Haverá ainda distribuição de material educativo sobre hipertensão e diabetes mellitus.

Na terça (17), o Sindicato dos Enfermeiros do DF (SindEnfermeiro-DF) teve uma reunião com a governadora Celina Leão (PP) para discutir as exigências da categoria.

Na ocasião, um documento com dados sobre a produtividade e o impacto do trabalho dos enfermeiros na rede pública foi entregue.

Segundo o levantamento realizado pela entidade, os enfermeiros lideram a assistência à saúde da população do DF, com mais de 1,8 milhão de atendimentos realizados por esses profissionais no SUS entre janeiro e julho deste ano.

Médicos

Os médicos da rede pública de saúde do DF estão em greve há 18 dias. Entre as pautas da categoria está o reajuste salarial, a nomeação de candidatos aprovados em concurso e a reestruturação da carreira.

Na quinta (19), o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) decidiu que a greve dos servidores de saúde é abusiva e impôs multa diária de R$ 50 mil em casos de descumprimento da ordem judicial.

O tribunal atendeu a pedido da Procuradoria-Geral do Distrito Federal (PGDF) contra a paralisação com o argumento de que o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Distrito Federal (SindSaúde-DF) não incluiu a apresentação de um plano de contingência para garantir a continuidade dos serviços.

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