Nesta quinta-feira (19), governadores da região Norte se reuniram no Palácio do Planalto, em Brasília, para discutir ações de combate a incêndios e seca.
Os governadores expressaram descontentamento com o apoio do governo federal. Eles afirmaram que a região Norte está recebendo um tratamento diferente do dado à região Sul.
Embora Lula não tenha participado, os governadores destacaram a importância do encontro. No entanto, alguns deixaram a reunião reclamando que o governo federal “não estava preparado” e demorou nas ações de prevenção.
Em resposta, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, sugeriu criar estruturas regionais em parceria com consórcios de cada região.
Rui Costa, conduziu a reunião, que contou com a presença de governadores das regiões Norte e Centro-Oeste.
Na reunião, ficou estabelecido que os governos federal e estadual trabalharão juntos na estratégia de combate aos incêndios e à seca.
Por fim, os governadores sugeriram a ampliação dos recursos, citando o exemplo das enchentes no Rio Grande do Sul.
“Não podemos pensar diferente, já que estamos falando de três biomas do país que representam boa parte do território: Pantanal, Cerrado e Amazônia. A partir disso, o governo sinalizou que esta Medida Provisória (MP) de R$ 514 milhões é apenas a primeira”, destacou Helder Barbalho, governador do Pará.
Além disso, segundo Barbalho, o governo deve editar novas MPs conforme as demandas apresentadas pelos estados.
Paralelo a isso, o senador Omar Aziz (PSD-AM) também reclamou da verba disponibilizada pelo governo federal.
Amazonas
O governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), destacou que o estado enfrenta sérios problemas humanitários. Segundo ele, algumas comunidades estão isoladas e têm dificuldades de acesso a alimentos e água potável.
Além disso, a atividade econômica está gravemente comprometida. Durante a reunião, Lima afirmou que não pediu dinheiro ao governo federal, mas solicitou “ajuda no que for possível”.
Em relação ao abastecimento de água, Lima explicou que o estado instalou 600 microsistemas de abastecimento em 5 mil comunidades.
No entanto, ele mencionou que, se conseguirem aumentar esse número para mil, já aliviariam muito o problema. No Alto Rio Solimões, na fronteira com a Colômbia e o Peru, o governo montou três estruturas de abastecimento e filtragem de água para atender essas comunidades.
Além disso, o governador relatou um aumento na desidratação e em doenças diarreicas devido à falta de água potável e ao consumo de água contaminada.
O governador defendeu ações emergenciais para entregar 130 mil cestas básicas. Ele afirmou que já entregaram 30 mil e, em vez de dinheiro, quer que o governo federal distribua as cestas restantes.
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