A Polícia Civil (PCDF) suspeita da atuação de grileiros nos incêndios que atingiram vegetações do Distrito Federal nas últimas semanas. Durante agenda pública desta sexta (20), o governador Ibaneis Rocha disse que há queimadas em áreas de interesse de grileiros.

“Alguns desses incidentes precisam ser apurados, mas as notícias que nos chegam primeiro são de pessoas que querem entrar nessa questão da grilagem. A pedido nosso, também estamos fazendo monitoramento de todos os parques ecológicos do Distrito Federal para evitar as queimadas nesse período final de seca, e para que possamos identificar possíveis criminosos”, comentou o governador.

A informação foi confirmada pelo diretor de Meio Ambiente da Polícia Federal (PF), Humberto Freire, à frente da coordenação das operações de busca e apreensões contra crimes ambientais.

O delegado afirmou que há três inquéritos abertos para investigar os incêndios florestais na Floresta Nacional, na Chapada dos Veadeiros e no Parque Nacional.

“Estamos investigando para descobrir a autoria desses incêndios e não descartamos nenhuma possibilidade. A gente investiga os fatos e as provas que vão indicar qual a motivação. Assim a gente pode dar uma punição criminal e também financeira, pois será cobrada a reparação do dano ambiental praticado”, explicou Freire.

Nos últimos dias, três pessoas foram presas por provocar incêndios em áreas de mata em diferentes regiões administrativas do DF.

Uma força-tarefa se mobiliza pelo governo local para conter os focos de queimadas e apurar as denúncias de ações criminosas.

Grilagem no Pantanal

Ao todo, 85 inquéritos estão abertos em todo o país para investigar queimadas e outros crimes conectados com as chamas que atingem diversas partes do pais.

Nesta sexta (20), a Operação Prometeu, deflagrada pela Polícia Federal (PF), chegou à conclusão de que incêndios criminosos no Pantanal eram praticados para uma posterior grilagem de terra, seguida de criação de gado e pecuária para o fim de lucros ilegais.

O dano estimado dessa operação é de 220 milhões de reais. Estima-se que mais de 7 mil cabeças de gado foram criadas nessas áreas griladas mais de 7 mil cabe.

“Então, estamos aprofundando não só essa operação de hoje, mas de todas no país, para que possamos identificar a motivação e levar punição a quem utiliza o crime ambiental para ter lucro e agredir o meio-ambiente e a natureza”, concluiu o delegado.

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