Neste domingo (22), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou na Cúpula do Futuro da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova Iorque.
Primeiramente, ele fez um apelo por uma mudança estrutural na governança global, afirmando que “o legado mais importante para as futuras gerações é uma governança eficaz que possa enfrentar os desafios contemporâneos e futuros”.
Em seguida, Lula agradeceu ao Secretário-Geral da ONU, António Guterres, pela Cúpula do Futuro e elogiou a Alemanha e a Namíbia pela liderança no processo.
Além disso, ele relembrou o convite do ex-Secretário-Geral Kofi Annan, há quase 20 anos, para refletir sobre o multilateralismo, destacando avanços.
Entre esses avanços, Lula citou a criação da Comissão de Consolidação da Paz e do Conselho de Direitos Humanos.
Posteriormente, Lula apresentou duas responsabilidades fundamentais. A primeira é a de não retroceder em questões como igualdade de gênero, combate ao racismo e desarmamento nuclear, e ele criticou a normalização da fome que afeta 733 milhões de pessoas.
Além disso, o presidente alertou que os objetivos de desenvolvimento sustentável estão em risco de falhar, com apenas 17% das metas da Agenda 2030 sendo atingidas a tempo.
Como presidente do G20, Lula anunciou a criação de uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza e destacou a importância de uma ação climática justa na COP30.
Por outro lado, a segunda responsabilidade, segundo Lula, é abrir caminhos para enfrentar novos riscos e oportunidades.
Ele enfatizou o Pacto para o Futuro, que aborda a dívida de países em desenvolvimento e a governança digital inclusiva.
Por fim, Lula criticou as limitações das instituições multilaterais atuais, que não possuem autoridade ou meios para implementar suas decisões.
Cúpula do Futuro da ONU
O tema do debate geral deste ano é “Sem deixar ninguém para trás: agindo juntos para o avanço da paz, do desenvolvimento sustentável e da dignidade humana para as gerações presentes e futuras”.
A Cúpula ocorre antes dos Debates Gerais da Assembleia Geral da ONU e contará com a participação de mais de 130 líderes mundiais.
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